Ministro da Saúde afirma que todos os brasileiros acima de 18 anos devem receber primeira dose da vacina até setembro

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que toda a população brasileira acima de 18 anos deve receber a primeira dose da vacina contra a Covid-19 até setembro. A projeção foi dada em audiência à Comissão Temporária Covid-19 do Senado.

Além disso, Queiroga voltou a afirmar que o país deve imunizar toda a população com duas doses contra o novo coronavírus até o fim deste ano. “Pelo ritmo que a campanha veio adquirindo no último mês, já é possível antever que toda população brasileira acima de 18 anos pode ser imunizada com uma dose da vacina até setembro e pelas 600 milhões de doses que já dispomos, é possível antever que teremos a população brasileira acima de 18 anos vacinada até o fim do ano de 2021, o que consideramos, dentro das condições de carência de vacinas no mundo, bastante razoável”, projetou.

Segundo o ministro, a população vacinável do Brasil é composta por 160 milhões de pessoas acima dos 18 anos. De acordo com o Ministério da Saúde, 39,1% desse quantitativo já recebeu a primeira dose do imunizante, enquanto 15,1% já tomou a dose de reforço.

A projeção da pasta é de que cheguem mais 40 milhões de doses de vacinas em julho, 60 milhões em agosto e mais 60 milhões em setembro, totalizando 160 milhões de doses, o que seria suficiente para vacinar todos os adultos do País com a primeira dose e concluir a imunização dos grupos mais vulneráveis, de acordo com o Programa Nacional de Imunizações (PNI).

A expectativa leva em conta, também, que o ritmo da vacinação melhorou. Segundo o secretário executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, o Brasil vacinou mais de um milhão de pessoas em 10 oportunidades este mês. A média de vacinados diariamente está em 980 mil pessoas em junho. Além disso, o país registrou recorde de 2,5 milhões de pessoas vacinadas em 24 horas, na última quinta-feira (17).

Durante a reunião, o ministro da Saúde antecipou que 1,5 milhão de doses da vacina da Janssen devem chegar ao Brasil no início da manhã de terça-feira (22). O imunizante da farmacêutica é diferente daqueles que já fazem parte do PNI, pois só precisa da aplicação de uma dose por pessoa. O Ministério da Saúde adquiriu 38 milhões de doses dessa vacina.

Inicialmente, negociamos com a Janssen e iriam antecipar 3 milhões de doses na semana passada. Lamentavelmente, não foi possível, mas já antecipo, em primeira mão, que amanhã deve chegar no Aeroporto de Guarulhos 1,5 milhão de doses. É uma dose única, que permite uma imunização mais rápida”, destacou.

Segundo Rodrigo Cruz, “há tratativas bem avançadas” para a compra de mais um milhão de doses da vacina CoronaVac. As doses chegariam ao país no dia 24 de junho, prontas para aplicação, sem a necessidade de importação do IFA (Ingrediente Farmacêutico Ativo).

De acordo com o Localiza SUS, o Ministério da Saúde já distribuiu mais de 123 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 a estados e municípios. Dessas, cerca de 87 milhões foram aplicadas, sendo 62,7 milhões referentes à primeira dose e 24,2 milhões relativas à dose de reforço.

Arte: Brasil 61
Arte: Brasil 61

Revacinação em 2022

Alguns senadores que participaram da reunião questionaram o ministro Queiroga se já há um planejamento da pasta para a imunização dos brasileiros no ano que vem. Ele respondeu que ainda não há respostas da ciência sobre a necessidade de uma nova vacinação com duas doses em 2022, se apenas uma dose adicional com o mesmo imunizante seria suficiente ou mesmo se seria preciso uma dose de reforço com outro imunizante.

Não sabemos acerca da intercambialidade de vacinas, se o indivíduo que usou a vacina da AstraZeneca, por exemplo, vai usar uma vacina da Pfizer ou vice-versa. Não sabemos se é apenas um reforço com o mesmo agente imunizante. Essas pesquisas estão em andamento. O que o Ministério da Saúde tem que fazer é se programar para ter vacinas disponíveis para aplicar, em curto espaço de tempo, no ano de 2022, se for o caso”, avaliou.

O ministro da Saúde também acredita que as aulas podem retornar mesmo que todos os professores não tenham recebido as duas doses da vacina contra o novo coronavírus. “No meu entendimento, não é fundamental que todos os professores estejam imunizados com duas doses para o retorno das aulas. Com uma estratégia adequada de testagem, podemos compatibilizar a volta às aulas com identificação dos casos positivos e, a partir daí, ter já no segundo semestre o retorno”, analisou.

O Ministério da Saúde afirma que 84% dos professores da educação básica já receberam a primeira dose da vacina contra o novo coronavírus.

Durante a audiência, Queiroga disse que o objetivo é testar até 20 milhões de brasileiros todos os meses. A ideia da pasta é dar início a uma política de testagem com o objetivo de isolar os casos positivos e seus contactantes e fazer o sequenciamento genômico das principais variantes circulando pelo país.

Fonte: Brasil 61

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