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Ainda na opinião do ministro, o país não terá um sistema capaz de “impedir vítimas”, mesmo que o Centro de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden), prometido para novembro, comece a funcionar 24 horas por dia, o que ainda não aconteceu. “O que nós estamos fazendo é diminuir o impacto dos extremos climáticos que estão se agravando”, acrescentou.
O ministro reconheceu que o Brasil está atrasado no mapeamento de áreas sob risco de desastres naturais nos municípios. Essa informação é crucial para que o Cemaden, o centro que o governo está montando para produzir alertas de desastre a tempo de salvar vidas, possa fazer previsões de qualidade. “Não queremos criar qualquer tipo de ilusão. Não há como impedir, especialmente deslizamentos, quando temos entre duas e seis horas para tirar uma comunidade, uma favela, um bairro inteiro. Não temos tradição, não temos estrutura, não temos mobilidade para isso”, opinou.
Enquanto Mercadante falava no Senado, o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, dizia que o sistema de Defesa Civil do país está mais preparado do que no passado para evitar mortes. Ele disse que o governo investiu neste ano R$ 132 milhões em drenagem e R$ 120 milhões em barragens e contenção de encostas, e que realizou simulados de preparação de desastres em 12 cidades. Bezerra disse, porém, que a preparação não cabe só ao Governo Federal. “É preciso envolvimento dos governos estaduais, dos municípios e também do Congresso”, completou.
Esta semana as defesas civis dos municípios da região estão em estado de atenção, inclusive utilizando as emissoras de rádio e televisão para chamar a atenção da população que mora em áreas de risco sobre a ameaça das chuvas, que têm sido de fracas a moderadas, mas constantes, o que não deixa de ser um problema numa região já fragilizada.