Um macaco da espécie Bugio foi encontrado na Praça Professor João Brasil, na cidade de Macuco, no último dia 6 de março. Após passar mais de 10 dias no local, sem alimentos e desorientado, o animal veio a óbito, no dia 16 de março, após ser resgatado pela veterinária Josiane Leitão Abreu. A profissional, que realizou os primeiros socorros no animal, afirmou que nenhum órgão ambiental buscou resgatá-lo.
De acordo com Josiane Leitão, foi solicitada a ajuda ao Inea (Instituto Estadual do Ambiente) e ao Corpo de Bombeiros para resgatar o macaco, mas, durante 10 dias, nenhum representante responsável apareceu. Após esse período, a veterinária afirmou que o animal chegou a cair da árvore de tanta fraqueza, pois estava sem água e sem comida. Segundo a comerciante Amanda Badini, que também acompanhou a situação, o animal estava muito debilitado e já não tinha mais forças para beber água e se alimentar.
“Já chegou muito mal (ao centro veterinário), muito desidratado, muito magro, infelizmente não deu tempo da gente salvar. Então, fica aqui o apelo para as pessoas terem mais cuidado com a nossa natureza, com os animais, porque a gente depende disso pra respirar, pra sobreviver“, desabafou Josiane Alves em entrevista ao portal G1.
Após o ocorrido, que gerou indignação por parte da médica veterinária e dos moradores de Macuco, o Inea explicou, em nota, que apesar do resgate ser de competência do Ibama, o órgão esteve no local e ainda buscou um meio de resgatar o animal, porém ele veio a óbito antes da realização dos procedimentos adequados.
“O Inea, após ser acionado por moradores, esteve no local e constatou que, para efetuar o resgate do macaco bugio, seria necessária a utilização de medicamento tranquilizante por meio de disparo de um dardo a ser realizado por um profissional especializado, a fim de garantir a segurança e o bem-estar do animal. Os técnicos estavam se mobilizando para efetuar a captura do animal a partir dessa metodologia, mas o animal veio a óbito antes do retorno da equipe do Inea”, informou o órgão.
Além do Inea, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Macuco também se pronunciou sobre o caso. De acordo com o secretário da pasta, Firmo Daflon, a Prefeitura estava acompanhando o caso e o animal seria resgatado quanto antes, mas veio a óbito.
“Já contactamos o Inea, já fizeram contato com o pessoal do parque do Desengano. Estiveram no local vendo o animal e vão retornar para fazer a remoção adequada dele. Por se tratar de um animal que está em extinção, os procedimentos devem ser adotados todos dentro da técnica para levá-lo para um centro de triagem após a triagem para saber se ele tem condições de ser solto na natureza“, disse o secretário na terça-feira, dia 14 de março.
Na quinta-feira, 16 de março, após a morte do animal, o secretário afirmou que foram tomadas todas as medidas por parte da gestão municipal, desde a comunicação ao Inea até a entrega do animal – depois de morto. Ainda segundo a prefeitura, o corpo do macaco foi levado para a sede do Parque Estadual do Desengano, em Santa Maria Madalena, para os procedimentos padrões e legais.
Fotos: SF Notícias