Nova Friburgo comemora 194 anos

Este ano, a pedido do prefeito, o friburguense terá duas novidades: em homenagem ao povo e à cidade, se o tempo na serra estiver bom na parte da manhã para o sobrevoo, um helicóptero da Polícia Militar jogará pétalas de rosas sobre a Avenida Alberto Braune durante o desfile; a outra atração ficará por conta da apresentação da Orquestra Sinfônica da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, às 19 horas, no Teatro Municipal, com entrada gratuita.

Iniciando a parte militar do desfile, às 8 horas, será a concentração dos militares, seguido pelo hasteamento de bandeiras e passagem do prefeito em revista à tropa. Em seguida, terão início as atrações do desfile militar: Banda Campesina Friburguense, Sanatório Naval, Tiro de Guerra de Nova Friburgo, Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro com a Banda Sinfônica da PM, 11º Batalhão de Polícia Militar, Batalhão de Polícia Florestal e Meio Ambiente, Grupamento Aéreo e Marítimo, Batalhão de Operações Especiais (Bope), Guarda Municipal, 6º Grupamento de Bombeiro Militar, Defesa Civil Municipal e, fechando esta etapa, a Banda Euterpe Friburguense e as Colônias.

A segunda parte do desfile fica com a Associação Pestalozzi, Adinf, Apae, Educandário Miosótis, Afape, AMMA, Colégio Nossa Senhora das Graças, Ame Nova Friburgo, Colégio Nossa Senhora das Mercês, Instituto de Esportes e Cultura de Nova Friburgo (Inec), Colégio Odette Penna Muniz, Projeto Gol de Placa, Banda Euterpe Lumiarense, União Brasileira dos Trovadores (UBT), Colégio Estadual Dr. Galdino do Valle Filho, Centro Educacional Lemos Valentim, Lions Clube Nova Friburgo, Banda Musical Ebenese, Instituto de Educação de Nova Friburgo, Colégio Estadual Professor Jamil El-Jaick, Firjan, com Sesi e Senai, Cooperativa Escola Fribourg, Secretaria de Educação, com cerca de 800 crianças acompanhadas com os sanfoneiros, e, finalizando, a Oficina Escola de Artes com a Banda Municipal.

 

Colonização planejada

Relatos memoriais dos antigos portugueses que habitavam Nova Friburgo desde 1755 contam que, ao desbravarem as terras, encontraram índios goytacazes, que se caracterizam pelo uso de longos cabelos negros e roupagem constituída basicamente por pele de animais, bem como por serem canibais. As terras foram ocupadas pelas famílias portuguesas, que povoaram as margens dos rios Grande e Santo Antônio. Descendo à margem dos rios, estabeleceram povoados na região conhecida nos dias atuais como Centro-Norte fluminense (entre Cantagalo e Nova Friburgo).

Entre 1819 e 1820, a região foi colonizada por 265 famílias suíças, totalizando 1.458 imigrantes. Foi batizada pelos suíços com o nome de Nova Friburgo, em homenagem à cidade de onde partiu a maioria das famílias, Fribourg (Friburgo em português, Fribourg em francês, Freiburg em alemão), no Cantão de Fribourg. Foi, também, o primeiro município, no Brasil, colonizado por alemães, tendo estes imigrantes, ao todo 456, chegado à cidade em 3 de maio de 1824, três meses antes que imigrantes alemães chegassem a São Leopoldo, no Rio Grande do Sul. Nova Friburgo foi a primeira colônia não lusitana a ser fundada no Brasil em caráter oficial.

Em 16 de maio de 1818, o Rei D. João VI, sentindo a necessidade de estreitar os laços de amizades com os povos germânicos, a fim de obter apoio contra o Império Francês, propôs uma colonização planejada, com o objetivo de promover e dilatar a civilização do Reino do Brasil. Baixou, então, um decreto que autorizou o agente do Cantão de Friburgo, na Suíça, Sebastião Nicolau Gachet, a estabelecer uma colônia de cem famílias suíças na Fazenda do Morro Queimado, no distrito de Cantagalo, localidade de clima e características naturais semelhantes às de seu país de origem.

Em 1872, o Barão de Nova Friburgo trouxe, até a região, os trilhos da Estrada de Ferro Leopoldina, que tinham como meta escoar a sua produção de café proveniente de Cantagalo. A partir de 1910, Nova Friburgo, que, até então, devia o seu progresso ao desenvolvimento da agricultura e ao seu clima seco, viu chegar vários cidadãos de iniciativa, como os conselheiros Julius Arp, Maximilian Falck e William Peacock Denis, que foram os pioneiros da era industrial. A estes, se juntaram outros elementos, provocando o surto de progresso verificado até meados da década de 1980.

A ferrovia foi desativada no final da década de 1960. Porém, existe uma indicação legislativa de autoria do deputado Rogério Cabral (PSB), em trâmite desde 2007, para trazer de volta essa modalidade de transporte, que ligaria as cidades de Nova Friburgo e Cachoeiras de Macacu, com fins turísticos.

Em janeiro de 2011, Nova Friburgo foi afetada pela maior tragédia climática da história do Brasil. Na madrugada de 12 de janeiro de 2011, um temporal causou inundações, deslizamentos de terra e desabamentos de casas, causando mais de 430 mortes na cidade. O volume de chuva, em 24 horas, foi equivalente ao esperado para todo o mês de janeiro.

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