Jovem friburguense é campeão mundial no World Pro Jiu-Jitsu, em Abu Dhabi
Assim como nas demais atividades agrícolas, a floricultura sentiu os efeitos da catástrofe de janeiro de 2011. Porém, quem visita hoje as principais áreas de floricultura em Nova Friburgo – as localidades de Vargem Alta, Colonial 61 e Stucky – encontra um cenário bem melhor do que há um ano.
Graças aos R$ 5 milhões liberados diretamente para os agricultores familiares pelo Rio Rural Emergencial, 694 projetos de reconstrução foram executados, sendo 71 para a microbacia Vargem Alta. Com isso, foi possível minimizar significativamente os prejuízos dos produtores friburguenses e permitir que comunidades inteiras superassem os efeitos da tragédia.
No segmento da floricultura, o temporal de janeiro de 2011 provocou prejuízos por conta da dificuldade de escoamento da produção e da falta de energia elétrica por período prolongado, que impossibilitou a conservação das flores em câmaras frias.
Mesmo diante desse quadro, muita gente não desanimou. É o caso do floricultor Eder Afrânio Schumacker, de Vargem Alta, que vive na localidade com a esposa e filhos há oito anos e, desde 2009, investe no plantio de cinco variedades de flor. Seu prejuízo foi acima de R$ 10 mil por conta do deslizamento de terras e avalanche de pedras. Perdeu material de irrigação, duas estufas e também a produção em campo aberto.
O produtor recebeu o crédito emergencial do Pronaf (Programa Nacional de Agricultura Familiar), no valor de R$ 2 mil, e, posteriormente, teve apoio financeiro do Rio Rural, no valor de R$ 11 mil, não reembolsáveis, para retomar sua produção. Ele reconstruiu as estufas, adquiriu insumos para plantio e novos equipamentos de irrigação. Extensionistas da Emater-Rio (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Rio de Janeiro) prestaram assistência técnica para a reconstrução e também para a implantação do sistema de fertirrigação em sua propriedade.
Eder conta que somente 90 dias após o temporal conseguiu voltar a colher. Satisfeito, diz que, atualmente, produz mais do que na época anterior à tragédia. Semanalmente, são cerca de 300 maços de chuva de prata, por exemplo. Sua meta é aumentar para 500 ainda este ano. E, com o objetivo de reflorestar a área degradada pela chuva, Eder já iniciou o plantio de três mil mudas de eucalipto.