Jovem friburguense é campeão mundial no World Pro Jiu-Jitsu, em Abu Dhabi
O chamado Conselho de Ética da Presidência da República existe desde 2000 e, nesse tempo todo de existência, somente agora, 11 anos depois, dá o seu “pitaco” no caso das trapalhadas desonestas do ministro Carlos Lupi, após examinar o enorme dossiê de mal feitos, como diz a presidente Dilma, quando quer caracterizar mais uma lambança homérica do próximo ministro a cair do galho, que muitos dizem que “já vai tarde”.
É quase certo que a senhora Dilma Roussef, na hora da despedida de mais um indicado pelo ex-presidente para ficar no cargo, vá fazer o mesmo agradecimento hipócrita que fez quando despachava para fora do governo outros cinco ministros inteiramente dedicados a esbanjar o rico dinheirinho do País, em convênios com ONGs organizadas para se apoderarem do dinheiro que tem custado o suor sofrido do nosso povo que, em última análise, arca com todos os desmandos, contribuindo com o enorme volume de recursos gerados pelos impostos que todos pagam.
É inacreditável o que a presidente diz em seus discursos de despedidas aos ministros defenestrados, colocando-os como grandes homens, trabalhadores, realizadores e chega ao cúmulo de agradecer pelos “bons serviços prestados à nação”. E eu pergunto: pode uma coisa dessas? Os caras estão mergulhados num mar de lama, cercado de escândalos pornográficos, e ainda a gente ouve a “dona do pedaço” fazer elogios de encomenda nas solenidades de despedida. Todos os demitidos comprovadamente envolvidos em falcatruas recebem ao serem encaminhados a porta da rua um monte de agradecimentos pelos “serviços prestados”. Que diabo de serviços são esses, que de tão bons justificam o ponta pé merecido?
Mas o ministro Lupi está batendo o recorde de resistência. Mentiu, esbravejou, desafiou que só saía a bala, de repente, não mais que de repente, o Conselho de Ética, que há 11 anos não trabalhava, resolve sair da sombra e descobre que Lupi embolsava um bom dinheiro assessorando a própria Câmara dos Deputados e, ao mesmo tempo, à Câmara Municipal do Rio de Janeiro, que, por sua vez, também não se recomenda muito….
Vamos aguardar a saída de Lupi e o discurso de Dilma.
*Joel Naegele é vice-presidente da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), Assessor de Indústria e Comércio da Prefeitura de Cantagalo e membro da Câmara Setorial de Agronegócios da Alerj.