Obra no Rio Bengalas completa três anos e risco de enchentes diminui em Nova Friburgo

As obras de controle de inundações, drenagem e recuperação ambiental do Rio Bengalas e Córrego D’Antas, em Nova Friburgo, foram entregues à população há três anos. De lá para cá foram muitas as chuvas, algumas muito fortes. Mas, a região de Conselheiro Paulino, onde se concentrou grande parte das intervenções, resistem.

As obras beneficiaram, além de Conselheiro Paulino, os bairros de São Jorge, Belmont, Prado, Jardim Ouro Preto e Duas Pedras e compreenderam a canalização, calçamento e desapropriações de construções irregulares na beira desse rio e que foram demolidas.

Finalizadas pela Secretaria do Ambiente, na época comandada pelo deputado estadual André Corrêa, a obra compreendeu o trecho entre a foz do rio D’Antas (estaca 99, próximo à rua Garcia de Queiroz) e o trevo de Duas Pedras (estaca 272), totalizando uma extensão aproximada de 3,4 km que recebeu serviços de desassoreamento, adequação de calha, proteção e contenção das margens do Rio Bengalas. Só para dar uma ideia, o volume de detritos sólidos retirados do Rio daria para encher até a boca 120 piscinas olímpicas.

Ao recordar o esforço para que a obra não fosse interrompida, André Corrêa citou a crise financeira que o país atravessava: “no meu período na Secretaria do Meio Ambiente, o estado do Rio e o Brasil tiveram uma redução no PIB gigantesca, o que colocou o nosso estado em uma crise financeira sem precedentes. E fazer obra sem dinheiro é complicado. Tive que negociar uma a uma as 150 desapropriações necessárias para a obra“, enumerou o deputado.

O trecho situado no bairro Conselheiro Paulino recebeu projeto de paisagismo com o plantio de 680 mudas de espécies nativas da Mata Atlântica, entre arbóreas e arbustivas, onde foi instalada uma academia da terceira idade ao ar livre. Foram instaladas também áreas de lazer para a população.

As obras, inauguradas em 2018, foram realizadas com recursos de aproximadamente R$ 187 milhões, oriundos do Fundo Estadual de Conservação Ambiental e Desenvolvimento Urbano (Fecam) e do Ministério das Cidades sendo a Caixa Econômica Federal a avalista.

Ao ser informado que as chuvas sucessivas não causaram danos às áreas atravessadas pela obra no Rio Bengalas, André Corrêa comemorou: “a obra de combate à enchente do Rio Bengalas segue funcionando com eficácia. Lutei muito para que esse projeto não parasse com a crise do Estado”, recordou.

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