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WebDev Nessa quarta edição, a Caravana Superpopular, com a Orquestra Superpopular, além de Cantagalo, também estará em outras duas cidades do interior: Paracambi e Rio das Ostras, em apresentações marcadas para os meses de novembro e dezembro deste ano, além de janeiro de 2012, respectivamente.
Visando uma maior acessibilidade do público, os shows serão realizados em palcos montados em praça pública e a entrada será gratuita. Além disto, uma banda residente de cada município será selecionada para realizar o show de abertura da noite, criando um espaço para a promoção do trabalho de artistas iniciantes. Em Cantagalo, a abertura, a partir das 19 horas, será realizada pela banda Segunda Chamada.
A Orquestra Superpopular é um projeto do coletivo Companhia Bananeira, iniciado no final de 2010. A banda é composta por 11 músicos, oriundos tanto da cidade do Rio de Janeiro como de cidades vizinhas, como Nova Iguaçu, Seropédica e Cabo Frio, além do guitarrista Letto Ottel.
Esses 11 artistas se dividem em dois percussionistas, um violinista, um DJ, além daqueles que tocam instrumentos como escaleta, cavaquinho, teclado, guitarra elétrica, entre outros. O vocal é dividido pela maioria dos membros, dependendo da música. O repertório, cautelosamente escolhido, inclui releituras de artistas como Só Pra Contrariar, Chitãozinho e Xororó, Latino, Daniela Mercury, Banda Eva, Aviões do Forró, Robertinho de Recife, funks cariocas, dentre outras de diversas épocas, estilos e regiões do país.
A execução deste repertório de versões é respaldada por uma pesquisa teórica e visual realizada pelos membros acerca do conceito criado, o “superpopular”, e do posicionamento reflexivo que se tem e quer gerar. A intenção ao se criar este conceito não é de defini-lo como um gênero, um ritmo, um grupo ou uma classe, mas uma movimentação. É ressaltar este trânsito tão característico do século XXI em que elementos culturais não possuem um território fixo de atuação, mas flutuantes, mutáveis.
O que surgiu na tradição regional foi disseminado pela grande mídia de massa e, hoje, é usufruído pelas altas classes sociais. Ou o contrário, aquilo criado dentro das elites e que foi popularizado, ou, no caso, superpopularizado. O projeto da Orquestra Superpopular, portanto, tem esse princípio e objetivo: compreender, brincar, mover e atuar nestas fronteiras instáveis, que se entrelaçam tornando-se não uma grande massa cinzenta e única, mas algo líquido e extremamente colorido.
