Jovem friburguense é campeão mundial no World Pro Jiu-Jitsu, em Abu Dhabi
Com acentuada preocupação, o governo e, principalmente, os produtores agrícolas brasileiros, acompanham, extremamente apreensivos, as mudanças climáticas cujas consequências já se fazem sentir na produção e na renda de milhões de brasileiros que vivem de recursos gerados pelo que produzem.
Extensas áreas da Região Sudeste, incluindo nosso estado, ficaram praticamente 60 dias sem chuva, debaixo de um sol escaldante e de um calor senegalês. Nesse período, normalmente chuvoso, as pastagens sofreram seus efeitos com a queda da produção de leite e o pouco desenvolvimento dos animais que ganham peso nesse período. Contrastando com essa penúria de chuvas no nosso caso, a Região Norte do país sofreu, e ainda está sofrendo, com chuvas muito acima da média, causando sérios transtornos com a destruição de estradas, residências e outras sérias ocorrências.
É preocupante tal estado de coisas, já que os prejuízos são de grande monta, e as perspectivas para o resto do ano, de certa forma, não nos dão muito alento, tendo em vista que estamos chegando à época da seca, com a chegada do frio, que ajuda a diminuir a qualidade das pastagens, e a permanência do sol só faz agravar uma situação por si só incômoda.
Todos nós temos de economizar água, plantar árvores para proteger as nascentes e, também, para proporcionar sombra nos pastos para abrigar o gado leiteiro.
Os tempos mudaram e, para nosso azar, mudaram para pior. Teremos de nos adaptar com inteligência e rapidamente para esses novos tempos de “vacas magras”.
*Joel Naegele é vice-presidente da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), membro da Academia Nacional da Agricultura, conselheiro fiscal do Sebrae-RJ e membro da Câmara Setorial de Agronegócios da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).