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Para garantir um pão fresquinho e saboroso no Café do Trabalhador, programa do Governo do Estado que oferece a primeira refeição do dia a 50 centavos, um time de padeiros de diferentes localidades no estado acorda cedo para preparar cerca de 14 mil pães diariamente. Neste Dia do Panificador, celebrado no sábado, 8 de julho, a equipe que coloca a mão na massa revela os segredos da profissão e como é a rotina para atender os 39 polos do programa, distribuídos por todo o território fluminense.
Uma das panificações que atende o programa está localizada no Pechincha, na Zona Oeste do Rio, e produz cerca de 30 mil pães por semana para 14 polos do projeto. À frente do time de padeiros, o encarregado de produção Edivânio dos Santos, de 40 anos, conta que é muito bom ter um dia para chamar de seu e qual é a receita ideal para produzir o melhor pão.
– É uma sensação muito boa saber que tem uma data em que somos lembrados. Eu trabalho com panificação porque gosto e a receita do pão perfeito é fazer com todo amor, carinho e ingredientes na medida certa. Saber que esse pãozinho que faço ajuda pessoas com dificuldade de acesso ao alimento me dá uma satisfação muito grande. Sem falar na oportunidade de me profissionalizar – explica Edivânio.
Dois turnos dão conta da produção diária nesta panificação. Para cada fornada, ingredientes simples como farinha, água, sal, açúcar e fermento são capazes de se transformar em um dos alimentos mais tradicionais e democráticos do mundo. Seja de milho, coco, gergelim, careca de sal ou doce, os pães do Café do Trabalhador fazem sucesso por onde passam. Para quem faz parte do processo, a motivação para o trabalho tem explicação.
– Quando a gente gosta do que faz, tenta fazer sempre o melhor. Comecei como ajudante de padeiro, até que tive aqui a oportunidade de me qualificar e aprender a função de um padeiro. Se alguém vê um pão bonito e bem feito, sente logo vontade de comer. E isso me dá uma satisfação muito grande. Fico feliz em saber que o pão que eu faço alimenta muita gente que não toma café em casa – destaca Raphael Viana, de 30 anos, que faz parte do time de padeiros da panificação.
Um ano de Café do Trabalhador
Neste mês de julho, também se celebra um ano do Café do Trabalhador. Das 39 unidades em funcionamento no estado, 10 foram inauguradas desde o início do ano. Só no mês de junho, cinco cidades foram contempladas e receberam o programa: Resende, Porto Real, São Pedro da Aldeia, Japeri e Miguel Pereira.
Estrategicamente, o Café do Trabalhador funciona em locais próximos a áreas de concentração de usuários de transporte público. Além do pão com manteiga, cada kit contém café com leite ou puro e uma fruta. Para acompanhar os alimentos, são fornecidos guardanapo, mexedor descartável, sachês de açúcar ou adoçante.
O Governo do Estado segue expandindo a atuação do programa. Novas unidades serão instaladas neste mês de julho em municípios como Cabo Frio, nas Baixadas Litorâneas, Tanguá na Região Metropolitana e Nilópolis, na Baixada Fluminense.
– O Café do Trabalhador é uma das nossas políticas de combate à fome no estado. Queremos atender aquele trabalhador ou usuário do transporte público que acorda cedo e muitas vezes não tem tempo nem condições de tomar um café da manhã de qualidade. Além disso, estamos fomentando a empregabilidade, pois o programa contrata pessoas que residem próximo aos polos. Aproveito para parabenizar todos os padeiros e equipes que se dedicam para produzir nossos kits da melhor forma possível – disse o governador Cláudio Castro.
Qualidade nutricional em primeiro lugar
O Café do Trabalhador também conta com uma equipe multidisciplinar que atua para garantir a qualidade dos cafés da manhã. Para a coordenadora dos Programas da Superintendência de Segurança Alimentar e Nutricional da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, Suellen Toscano, o equilíbrio nutricional dos kits é de fundamental importância para reduzir a insegurança alimentar da população.
– O pão é um dos alimentos mais antigos presentes na alimentação e possui uma representatividade cultural e religiosa. Está presente na mesa dos brasileiros, principalmente na primeira refeição do dia e faz parte do kit de café da manhã do Café do Trabalhador e do RJ Alimenta, uns dos atuais programas do Estado que visam reduzir a insegurança alimentar e nutricional da população fluminense. Agradecemos e parabenizamos os profissionais que se dedicam diariamente na produção dos pães de cada dia! – concluiu Suellen.
Fotos: Philippe Lima