Jovem friburguense é campeão mundial no World Pro Jiu-Jitsu, em Abu Dhabi
Um dos entraves para os pequenos negócios manter sua empresa em funcionamento é a obtenção de crédito. Quarenta e sete por cento tiveram o seu pedido recusado junto às instituições financeiras. Enquanto outros 47% conseguiram essa liberação. Pela primeira vez, esse percentual é igual, desde que o Sebrae iniciou, em 2020, uma série de pesquisas, onde identificou a situação dos empreendedores fluminenses. Em contrapartida, apenas 7% aguardam resposta.
“Em momentos de crise é preciso estimular a economia. Desde o início da crise, monitoramos como a falta de crédito desestimula os empreendedores. Fizemos a evolução histórica e o percentual de quem conseguiu empréstimo nunca foi tão alto. Esse resultado reflete a disponibilização de novas ofertas de crédito com juros menores, um prazo maior de pagamento e carência, foram fundamentais para a recuperação das micro e pequenas empresas”, destaca Marcos Mendes, coordenador de Capitalização e Serviços Financeiros do Sebrae Rio.
Neste momento, 36% das empresas fluminenses não possuem dívidas. Já 30% estão com o pagamento das dívidas em dia e 34% permanecem endividadas. A pesquisa também quis saber como as dívidas impactam nos custos mensais da empresa. Para 32% das empresas representam menos de 30% do orçamento. Já para 40% refletem de 30% a 50% das despesas. Para 25% das empresas configuram mais de 50% dos gastos.
O estudo apontou também quando os empreendedores buscaram empréstimo pela última vez. Dezesseis por cento procuraram em abril de 2022. Em março foram 14%, fevereiro (10%), janeiro (8%), em 2021 (37%) e 2020 (15%).
“O resultado da pesquisa reforça que é o momento de um processo de inclusão financeira para promover o desenvolvimento econômico”, complementa Marcos.
Retomada da economia
De acordo com a pesquisa, os microempreendedores individuais, as micro e pequenas empresas do Estado do Rio de Janeiro acreditam que a economia retornará ao normal apenas em agosto de 2023.
Fampe
Para facilitar os processos e reforçar a parceria habitual com pequenos empresários, por meio do Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (Fampe), o Sebrae pode ser avalista complementar de financiamentos para pequenos negócios. O Fampe pode garantir de forma complementar até 80% de um financiamento junto a uma instituição financeira conveniada, dependendo do porte empresarial e da modalidade de financiamento, cujas faixas de garantia (aval) variam de R$ 10 mil a R$ 700 mil. De acordo com essa pesquisa, 82% dos pequenos negócios não conhecem o Fampe. Treze por cento já ouviram falar e 5% conhecem o fundo.