Policiais rodoviários são presos em Friburgo acusados de corrupção

De acordo com as denúncias, irregularidades foram praticadas entre 30 de julho e 28 de agosto

Nove policiais militares foram presos, no dia 14 de novembro, durante a Operação Mercúrio, desencadeada depois de dois meses de investigações da Corregedoria Interna da Polícia Militar e das promotorias de Justiça junto à Auditoria Militar do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), com apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

Lotados no Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv), os policiais militares foram denunciados pelas práticas de concussão (extorsão praticada por agente público) e de corrupção, ocorridas no Posto de Controle de Trânsito Rodoviário 16, em Nova Friburgo, localizado no km 65 da Rodovia RJ-116, a mais extensa do estado do Rio de Janeiro.

De acordo com a denúncia, as irregularidades foram praticadas entre os dias 30 de julho e 28 de agosto.

Os policiais cobravam propinas em troca da liberação de veículos, preferencialmente de carga, mediante a garantia da não aplicação de multas ou não apreensão desses veículos. Os valores cobrados variavam entre R$ 20 e R$ 200.

Em algumas ocasiões, também foi verificada a cobrança da propina por meio de mercadorias, entre elas, frango, pares de sapato, queijo e goiabada.

O promotor de justiça Décio Alonso Gomes, do Gaeco, disse que os nove policiais não são os verdadeiros agentes da lei. “São bandidos, desviantes. Mas essa operação mostrou que a PM é capaz de se pautar pela ética e cortar na própria carne”, afirmou.

Há imagens que mostram um dos policiais recebendo notas de R$ 10 de um motorista de Kombi e, em outra, um policial pegando caixas de sapatos de uma van de entregas, depois de o motorista alegar não ter dinheiro.

A denúncia descreve, ainda, o caso de um motorista que, ao ser abordado pelos PMs do BPRv, explicou que não tinha dinheiro porque já havia pago propina a policiais de um posto na Avenida Brasil, no Rio de Janeiro.

A vítima alegou que só tinha R$ 20 e foi orientado pelos PMs, segundo a denúncia, a deixar a quantia em dinheiro, assim como um queijo e uma goiabada, atrás de um muro.

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