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Com a eleição dos novos presidentes das casas legislativas do Congresso Nacional, os prefeitos das maiores e mais ricas cidades do País se manifestaram em favor de uma abertura no diálogo a respeito das demandas mais urgentes neste momento.
Isso se deve, em partes, pelo discurso de posse do deputado Arthur Lira e do senador Rodrigo Pacheco, que foi alinhado às preocupações desses governantes. Desta forma, os prefeitos encaminharam solicitação de agenda para formalizar uma reunião de trabalho que possa oferecer soluções à estas demandas, que principalmente tratam sobre a vacinação contra a Covid-19 e a prorrogação do auxílio emergencial.
Diante disso, a Frente Nacional de Prefeitos (FNP) encaminhou um ofício parabenizando os parlamentares e solicitando uma audiência com dirigentes da entidade para debater os temas, como explicou o secretário-executivo da FNP, Gilberto Perre.
“A população brasileira precisa ser rapidamente vacinada e as cidades estão prontas para aplicar a vacina, mas a vacina não tem chegado nas cidades com a velocidade desejada. Os gestores também querem conversar com os parlamentares a respeito da prorrogação do auxílio emergencial. Os prefeitos percebem, no dia a dia em suas cidades, a dificuldade com o fim do auxílio. A economia ainda não está em plena atividade, uma vez que vários setores ainda sofrem os efeitos das restrições em função da pandemia e, por isso, o auxílio é fundamental”, detalhou o secretário-executivo da FNP.
De acordo com a especialista em políticas públicas e assessora na Câmara dos Deputados, Isabela Rahal, essa interação entre os gestores municiais e os novos presidentes da Câmara e do Senado é essencial para que o Congresso Nacional compreenda a pressão que vem das cidades e, assim, alcançarem uma perspectiva mais local no momento de colocar essas questões na pauta de votações.
“A gente sabe a importância gigante dessa interação, a gente que está aqui em cima [no Congresso Nacional] precisa sentir a realidade que está cada vez mais dramática na ponta, principalmente nos municípios pequenos. Com o fim do auxílio emergencial, toda uma economia local que estava sendo movimentada, segurando a crise e os níveis elevados de desemprego, passa a ficar desassistida. Então não são só as famílias e a miséria que vão aumentar, mas também a economia que vai sofrer um baque muito grande com o fim do auxílio emergencial”, avaliou a cientista política.
Fonte: Brasil 61