Prefeitura do Carmo deve R$ 21 milhões com a Copasa

A Prefeitura Municipal de Carmo está diante de mais um desafio, após herdar uma série de problemas financeiros e econômicos da antiga gestão municipal. Dessa vez, o município possui uma dívida com a Copasa (Companhia de Saneamento de Minas Gerais) no valor de R$21 milhões. A despesa chega em um momento em que a prefeitura também precisa investir em novos projetos para o setor de Água e Esgoto da cidade.

De acordo com a Lei Federal n°14.026 de 2020, do Novo Marco Regulatório do Saneamento Básico, todos os municípios brasileiros devem modernizar os seus sistemas de captação de água e tratamento de esgoto até 2030. A partir dessa nova exigência de nível nacional, Carmo precisa fazer novos investimentos para melhorar a qualidade de água da cidade.

Prefeitura do Carmo
Prefeitura do Carmo

Segundo a prefeitura, além de refazer o seu sistema de distribuição de água, instalando novos hidrômetros, o município também precisará investir em um Laboratório de Sistemas de Águas, e também redimensionar toda a sua estrutura elétrica do sistema de captação. Além disso, a cidade precisa investir na área de tratamento do recurso, criando novas ETAs (Estações de Tratamento de Água).

Além desses novos projetos, a gestão municipal também deve administrar esses novos investimentos, enfrentando os endividamentos que o Setor de Águas possui nos últimos anos. A prefeitura, além da dívida com a COPASA, de R$21 milhões, também precisa sanar a dívida com a Light, no valor de aproximadamente, R$6 milhões. Há ainda precatórios judiciais decorrentes de ações trabalhistas e acordos judiciais, e dívidas com o Instituto de Previdência Municipal, envolvendo servidores do setor. Os valores também ultrapassam milhões de reais.

Por fim, também de acordo com a prefeitura, vereadores que apoiaram a administração anterior, de 2017/2020, aprovaram a Lei Municipal nº 2029 de 19/06/2019, que autorizou o processo de terceirização da água da cidade, o que terminou em audiência pública. A ação causa mais prejuízos para o setor e a administração.

Pedido de ajuda do Governo Estadual

A partir dos desafios para melhorar a qualidade da água do município do Carmo, a prefeitura, em nota publicada nas redes sociais, afirmou que precisa de assessoramento do Governo Estadual para iniciar as novas exigências da Lei Federal. A nova lei do Marco Regulatório, exige que a cidade faça investimentos no setor de captação, armazenamento, tratamento e distribuição da água. Além disso, crie um sistema de tratamento sanitário próprio. Todas as obras custam em média R$60 milhões, valores aprovados pela antiga administração.

O que diz o prefeito

Em entrevista ao blog do Adriano Teixeira, o prefeito Sérgio Soares deu mais detalhes sobre os novos desafios para melhorar o sistema de água e esgoto do município. O prefeito intitulou o atual problema da água da cidade como uma situação grave, citando que Carmo é um dos únicos 3 municípios fluminenses que gerenciam o próprio recurso natural.

Segundo o prefeito, a cidade está deficiente nos setores de captação, armazenamento, tratamento e distribuição de água, o que a faz ter uma baixíssima qualidade. “Hoje nós temos uma água que compromete a saúde” – afirmou.

Por fim, Sérgio Soares lembrou também que Carmo está há mais de 20 anos sem realizar nenhum investimento no setor de Águas, o que dificulta ainda mais a criação e ampliação de novos projetos para o município.

Leia a nota oficial do atual prefeito do Carmo, Sérgio Soares:

NOTA DE ESCLARECIMENTO – ÁGUA

Prefeito Carmo Sérgio Soares
Prefeito do Carmo, Sérgio Soares

Quero novamente esclarecer aqui a questão da água da cidade de Carmo! Quando assumimos a prefeitura em janeiro de 2021, deparamos com graves problemas, principalmente financeiros, chegando ao ponto de decretar calamidade pública na cidade. Quando a Lei Federal do Marco do Saneamento Básico Nº14.026/20 foi sancionada, obrigando a colocação do hidrômetro, o ex-prefeito de Carmo realizou uma audiência de consulta pública certificada em Ata, onde resultou a aprovação popular em maioria na concessão da água à terceiros. O ex-prefeito também autorizou a outorga da água (concessão para terceiros) e a gestão atual dará seguimento naquilo que foi feito no passado. Na Lei de Nº2029 de 21 de maio de 2019, onde regulamenta prestação do serviço público de abastecimento de água e esgoto sanitário no município, e autoriza a prestação em um dos regimes previstos pela Lei Nº 8.987/95, 11.079/04 e Nº11.107/05, assinado pelo ex-prefeito (2017/2020) e aprovado pela maioria da câmara de vereadores (2017/2020). Não sou eu, prefeito Sérgio Soares, que determinou ou mesmo autorizou a terceirização dos serviços da água da cidade e sim o ex-prefeito e a lei federal que obriga a colocação do hidrômetro a partir de 2022. Na realidade, estarei colocando em prática aquilo que o ex-prefeito e a maioria dos edis da Legislatura passada já haviam decidido e é inevitável! E tudo dito acima sobre regulamentação, permissão, ou autorização, já veio feito do passado pela antiga gestão. Só estou dando sequência naquilo que foi sancionado e aprovado pelo ex-prefeito e vereadores da época! Peço que leiam com atenção os documentos publicados.

Ver anterior

Junta de Serviço Militar de Macuco recebe vistoria técnica

Ver próximo

Famílias de Macuco mantêm ótima interação com escolas

Comente

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mais Populares

error: Conteúdo protegido !!