Principal fonte de renda de 75% dos empreendedores fluminenses vem do faturamento dos seus negócios

Desde o início da pandemia, o Sebrae vem realizando levantamentos periódicos sobre a situação dos pequenos negócios no país. Setenta e cinco por cento dos empreendedores fluminenses afirmam que a principal fonte de sustento para suas famílias vem do seu negócio e, dentro desse percentual, o rendimento obtido nos últimos 12 meses foi insuficiente para cobrir os gastos familiares do dia a dia. Apenas 25% informaram que os ganhos obtidos no período foram suficientes. Esse é o resultado da pesquisa da instituição, que ouviu 486 donos de pequenos negócios.

Durante a pandemia, 84% alegaram diminuição no faturamento das empresas no período, 7% conseguiram aumentar o faturamento e 6% permaneceram com o mesmo rendimento. Para manter a empresa em funcionamento, 65% das empresas fluminenses recorreram a empréstimos. No Estado do Rio de Janeiro apenas 35% dos empreendedores não possuem dívidas. O estudo aponta que os empreendedores fluminenses esperam que a retomada econômica ocorra apenas em novembro de 2022.

Crédito

Uma das grandes dificuldades dos pequenos negócios é conseguir apoio financeiro. Em relação ao pedido de crédito, o levantamento indica que 58% dos empreendedores tiveram a solicitação de crédito recusada, 5% aguardam resposta e 38% conseguiram o empréstimo. Pela primeira vez, desde que a pesquisa foi iniciada em março do ano passado, esse é o maior percentual de obtenção de crédito pelos pequenos negócios. Dentro do levantamento, a maioria (56%) buscou crédito pela última vez em 2020. Em 2021, a maior procura ocorreu em maio (13%).

Nossas pesquisas apontam as dificuldades que os pequenos negócios enfrentam para obtenção de empréstimos. Em momentos de crise é preciso estimular o desenvolvimento econômico. A iniciativa de retomar o Pronampe é a mais acertada. 4,3 milhões de empresas integrantes do Simples Nacional e 1 milhão fora do regime simplificado serão beneficiadas no país, além do relançamento do programa de Capital de Giro para Preservação de Empresas (CGPE). Os empresários precisam de uma linha de crédito simplificada. Essas medidas são importantes para reaquecer a economia”, ressalta Taniara Castro, coordenadora de Capitalização e Serviços Financeiros do Sebrae Rio.

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