Jovem friburguense é campeão mundial no World Pro Jiu-Jitsu, em Abu Dhabi
Os Titãs da Serra, equipe de robótica formada por alunos da Escola Firjan SESI de Nova Friburgo, conquistaram a 7ª colocação geral no Torneio SESI de Robótica First Lego League, realizado em 14 e 15/02, em Duque de Caxias. Com o resultado, o time foi classificado como suplente para a etapa nacional que ocorrerá em São Paulo em março.
O torneio tem por objetivo explorar a inteligência, a expertise e a criatividade de estudantes de 9 a 16 anos, matriculados nos ensinos fundamental e médio. Trinta e três equipes participaram desta etapa. Nesta temporada, os grupos utilizaram a robótica para apresentar soluções que possam colaborar para a construção de cidades mais inteligentes e sustentáveis para as gerações futuras.
Neste desafio, a equipe friburguense se baseou em um problema bastante comum durante o verão em diversas cidades brasileiras: os alagamentos. Desde 2011, data em que a Região Serrana ficou marcada pelas fortes chuvas que assolaram cidades e causaram diversos danos, Nova Friburgo sofre com entupimentos das redes pluviais mesmo quando a quantidade de chuva não é grande. Os bueiros não funcionam como deveriam e os casos de alagamento são ainda mais comuns.
“Avaliando um problema que a população enfrenta todos os anos, os alunos quiseram propor um projeto capaz de contribuir para melhoria da captação das águas de chuva e acabar com os seguidos alagamentos provocados no período do verão e, é aí, que entram os bueiros inteligentes”, explica o instrutor da equipe, Vagner Jandre.
O projeto não é inédito, mas o diferencial está no acompanhamento em tempo real através de sensores e câmeras. A proposta é o uso de um cesto para evitar que o lixo e objetos carregados pela água entrem no sistema de drenagem e sigam para o rio. Os sensores infravermelhos fariam a análise da quantidade de resíduos e um alerta seria emitido para os órgãos responsáveis cada vez que o cesto alcançasse um nível crítico e a limpeza fosse necessária. “Com isso poderíamos ter antecedência aos problemas. Como é inviável cuidar previamente de todos os bueiros da cidade, o monitoramento deles poderia garantir a limpeza e a manutenção a fim de evitar que a chuva causasse alagamentos e todos os problemas já conhecidos. Todo o sistema de bueiros estaria interligado a rede de câmeras da prefeitura”, explicou o estudante João Vitor Tinoco Moura.
Porém, além da inovação elogiada pelos jurados da FLL, a equipe formada por Ana Luisa Machado, Nikolas Schumaker, Lucas Vieira Fernandes, Letícia de Freitas Sinder, Guilherme Cler Gabril, Sarah Simões Guzzo, Caio Mello de Barros, Maria Clara Lopes Strioto e Nicolly dos Santos Caetano, além de João Vitor e dos instrutores Vagner e Marlon Fernandes da Rocha, teve que apresentar bom desempenho em outras tarefas, como o uso do robô autônomo na mesa de competições.
Ao todo, foram 14 missões e os robôs, projetados e construídos pelos próprios alunos, atuaram simulando situações reais, sempre de forma bem lúdica. Os alunos também foram avaliados na categoria Design do Robô, onde os times puderam utilizar sensores de movimento, cor, controladores e motores, além da estratégia e programação. Por fim, na categoria Core Values, os jovens comprovaram a capacidade de trabalhar em equipe, com inclusão, diversão e inovação.
Alexandre dos Reis, diretor superintendente da Firjan SESI, destaca que as profissões tecnológicas estão entre as que mais vão crescer nos próximos anos. “Nosso propósito é que os competidores sejam os melhores alunos em suas escolas. E é fundamental também o papel dos professores neste contexto. Com certeza, com o apoio da robótica, estaremos entregando ótimos profissionais ao mercado de trabalho”, analisou.
O Torneio SESI de Robótica First Lego League faz parte de um programa internacional de exploração científica, que promove o ensino de ciência, tecnologia, engenharia, artes e matemática no ambiente escolar e contribui para o desenvolvimento de competências e habilidades comportamentais para a vida. A cada ano o torneio estimula o trabalho colaborativo, a criatividade e traz desafios do mundo real para os alunos.
Criado em 1998 pela First – uma organização não governamental dos Estados Unidos – em parceria com o Grupo Lego, a competição propõe que estudantes sejam apresentados ao mundo da ciência e da tecnologia de forma divertida, por meio da construção e programação de robôs feitos inteiramente com peças da tecnologia Lego Mindstorm. No Brasil, desde 2013, o SESI é o operador oficial do torneio (etapas regionais e nacional).