Natural de Bom Jardim, o ator Daniel Erthal faz sucesso como empresário
Graduado pela Universidade Federal de Ouro Preto, em Minas Gerais, Juliano Kuster Anjos, responsável pela mineração, sistema de britagem, oficina de equipamentos off road, gestão dos custos e de pessoas, conseguiu chamar a atenção para o seu trabalho ao conseguir levar significativas mudanças ao sistema até então adotado pela fábrica da Votorantim em Cantagalo.
O trabalho proporcionou melhoria na performance da britagem de calcário, redução do consumo de energia elétrica e redução dos custos de desmonte e manutenção. Em termos técnicos, conforme relata a revista ‘Minérios & Minerales’, “o trabalho na fábrica de Cantagalo constava de um britador primário EV 2000 x 2000 FLSmith de Martelos, com capacidade nominal de 550 t/h e sistema secundário de britagem com peneiras vibratórias de 1”. Com o projeto, houve a eliminação do sistema secundário, mantendo-se a produtividade e reduzindo-se somente ao britador EV 2000 x 2000.”
Destaca, ainda, a revista, que “o projeto foi iniciado com a adequação da malha de detonação, onde era utilizada a malha de 1,80m x 3,10m, com razão de carga de 145 g/t, que gerava o volume de aproximadamente 30% de material com granulometria abaixo de 1 ½”. Com a adequação para 2,10m x 3,10m e razão de carga de 135 g/t, o volume de material abaixo de tal granulometria diminuiu para 10%. Isso possibilitou à empresa dar andamento ao estudo, pois somente 10% estavam no processo com granulometria de 1 ½”. Para alimentação dos moinhos de bola, agora se pode utilizar granulometria acima de 1 ½” entre 15% e 20%, e com a adequação do cesto de grelhas a unidade teve o ganho em consumo de explosivos, o que promoveu economia de R$ 57,8 mil ao ano.”
Ano passado, por causa da mudança, conforme aponta a revista, a fábrica conseguiu aumento do indicador de performance (OEE) de 65,53%, contra os 54,65% conseguidos em 2010. Isto representa uma melhoria de 16% nesse indicador. “Com a redução do sistema de britagem secundário, (…) a capacidade de energia elétrica instalada de 1.356,92 KW passou para 997,845 KW, ou seja, 26,46% de economia, o que representa cerca de R$ 180,594 mil de economia ao ano, além de redução no consumo de explosivos.”
Conforme apontou a revista ‘Minérios & Minerales’, “ao todo, o trabalho foi responsável por impactar positivamente no cash coast do calcário com economia total de R$ 406,394 mil, sendo o único investimento realizado a compra de um cesto de grelha no valor exato que seria gasto com o cesto de grelha com a abertura anterior, dessa forma não considerado o investimento nos cálculos finais.”
Na região, sem dúvida, o impacto da notícia foi positivo e, de acordo com especialistas, poderá servir de estímulos a outras indústrias, seja do mesmo ou de outros setores, a investirem nas ideias de funcionários, que, muitas vezes, são responsáveis por mudarem a história.