Jovem friburguense é campeão mundial no World Pro Jiu-Jitsu, em Abu Dhabi
O piloto de parapente Moisés Corrêa fez um voo em Duas Barras e se apaixonou pelo local, alguns anos atrás. Tanto que comprou, logo depois, o terreno da rampa de voo livre, que mais tarde ganharia o seu nome e passaria a ser considerada uma das melhores da região.
Com formações rochosas propícias para a decolagem, ventos quentes, um visual deslumbrante e mais de dez rampas, somente em Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo, a Região Serrana tem locais ideais para a prática do esporte. “Os ventos aqui são mais quentes, o que dá mais prazer e segurança no voo, e a atividade térmica é maior do que em outros lugares. Em algumas rampas, podemos voar aos quatro ventos. A tranquilidade da Região Serrana também faz as pessoas gostarem de voar aqui”, diz Carlos Eduardo Duarte, tesoureiro do Clube de Voo Livre de Teresópolis.
Dizem que, para voar na Região Serrana, é preciso ter mais experiência. O voo é um pouco mais técnico pelo fato de os pousos serem restritos.
E se voar já é uma aventura, o caminho até a decolagem também gera adrenalina, com subidas íngremes, na maioria das vezes, em solo de terra batida.
Muitas das rampas da região compartilham espaço com antenas e os beneficiados são os pilotos. Duarte explica as vantagens da parceria: “não temos calçamento e quem cuida da rampa da Granja Mafra somos nós. Todo ano, a empresa da antena nos ajuda com a limpeza e a segurança do local. Compartilhar é vantajoso”, diz.
Asas deltas, parapentes e antenas dividem a área das rampas de voo livre na Região Serrana.
Segundo Duarte, a situação não é diferente em Friburgo. “O Clube Caledônia de Voo Livre é responsável pela manutenção das rampas. Os associados pagam uma anuidade, gastam com as despesas das áreas de decolagem. Às vezes, conseguimos o apoio da Prefeitura”, afirma.
Além da falta de incentivo, o pouso é outro obstáculo para a prática do esporte. “Temos muitos pontos de salto e poucos de pouso. Quase sempre temos que contar com a boa vontade dos proprietários dos terrenos para pousar. Perdemos uma rampa no Centro de Duas Barras que tinha tudo para ser o nosso xodó. Ela era boa para a formação de alunos, o resgate era rápido e era boa para a população que gosta de assistir aos voos. O dono do terreno nos proibiu de descer lá. Ele queria que construíssemos um restaurante para usar o espaço em troca”, declara Duarte, que espera uma solução.