Rede estadual do Rio melhora na região e apenas Nova Friburgo bate metas na rede municipal

No Ideb de 2009/2010, o Rio era o 26º colocado. Assim como em 2011, o Rio de Janeiro subiu, novamente, 11 posições na classificação, saindo do 15º há dois anos para a terceira melhor nota. No ranking atual, na região sudeste, o Rio de Janeiro passou a ser o segundo melhor, atrás apenas de São Paulo. O Rio de Janeiro, no entanto, foi o único do sudeste que cresceu em proficiência.

– Hoje, é um dia histórico para o Rio. Quando assumimos o governo, em 2007, o estado era o penúltimo no Ideb, só ganhava do Piauí. Nós tínhamos um desafio muito grande de trazer o estado do Rio para os cinco melhores, e, hoje, estamos entre os quatro. Era o nosso sonho e fizemos um grande esforço para isso – destacou o governador Luiz Fernando Pezão.

Os colégios estaduais do Rio de Janeiro superaram a meta estabelecida pelo Ministério da Educação. As escolas fluminenses tiveram nota 3,66 (a meta para 2015 era 3,7 e a meta para 2013 era de 3,3). Em 2011, a nota do Rio foi 3,2; e nos anos de 2009, 2007 e 2005, era 2,8.

– Na verdade, voltamos a estar no lugar que o Rio merece. Sempre confiamos nos nossos professores e nos nossos alunos. Eles mostraram que são muito bons. Esse resultado comprova, ainda, que estamos no caminho certo e que nossos investimentos e planejamento deram resultados – afirmou o secretário estadual de Educação, Wilson Risolia.

DIAGNÓSTICO DA REGIÃO: Na região, o destaque das redes municipais ficou para Nova Friburgo, único município que conseguiu bater as metas nos dois segmentos do ensino fundamental (5º e 9º anos). As notas das escolas friburguenses também foram as melhores da região, com 5,8 no 5º ano e 5,1 no 9º ano. Em segundo lugar, aparecem as escolas de São Sebastião do Alto, no primeiro segmento do ensino fundamental, com Ideb 5,7. Já no segundo segmento, 9º ano, a segunda melhor nota foi da rede de Bom Jardim, com 4,9.

Em todos estes casos, as metas foram batidas. Em relação às 18 notas possíveis dos nove municípios da região, em sete vezes foi alcançada a meta. Em 2011, foram apenas duas vezes, em Nova Friburgo (5º ano) e em Bom Jardim (9º ano). Na análise histórica, é o melhor resultado da região, superando 2009, com seis notas que alcançaram ou bateram as metas.

Por outro lado, os municípios de Trajano de Moraes, São Sebastião do Alto, Macuco e Carmo não apresentaram nota para o 9º ano. E o pior resultado foi registrado em Macuco, que recebeu índice de 3,6 na avaliação do 5º ano, que registrou queda em relação à nota de 2011, que era de 4,2. Quem também registrou queda foi Trajano de Moraes, que saiu de 5,6, em 2011, para 4,7 em 2013.

O maior crescimento, em contrapartida, foi registrado em Cantagalo, no 5º ano. O município alcançou nota de 5,1 frente a 3,9 em 2011, um crescimento de 1,2 pontos, o que representa mais de 30%.

DIAGNÓSTICO DO RIO: O Rio de Janeiro foi um dos estados que mais avançaram no fluxo escolar (cálculo da aprovação), atingindo 0,82. A rede estadual cresceu também no índice de desempenho, que é a nota da prova. Saltou de 4,37 para 4,46. “Além do avanço no ranking, o que mais comemoramos é a melhora contínua e consistente no indicador de proficiência. De 2009 para cá, o Rio de Janeiro foi o que mais avançou em proficiência e o quarto que mais cresceu em fluxo”, disse Risolia.

A diminuição da defasagem idade-série, quando o aluno está há mais de dois anos atrasado em relação à série em que deveria estar, melhorou. Em 2010, 61% dos estudantes da rede estavam defasados. Segundo o Censo Escolar, esse número caiu para 39%. “Nossa taxa de desigualdade na rede diminuiu 25%. Os maiores avanços ocorreram justamente nas escolas que apresentavam os menores desempenhos”, explicou o secretário.

Entre as ações destacadas por Risolia estão o reforço escolar, que recebeu 225 mil dos 900 mil estudantes da rede; e a formação continuada para os docentes. De 2011 até hoje, 30 mil professores fizeram formação, paga pelo Estado, em parceria com a Fundação Cecierj. A Escola de Aperfeiçoamento para Servidores da Educação, criada em 2011, recebe, por mês, cerca de três mil docentes que passam por algum treinamento.

A secretaria conseguiu, ainda, equalizar o problema de carência de professores. No fim de 2010, era de 12 mil docentes. Agora, de cerca de 700. “Foram feitos, de 2007 para cá, nove concursos públicos. São 54 mil novos professores concursados. E praticamente não usamos temporários. Somos a menor rede estadual com temporários, apenas 1,8%. Há estados em que há mais da metade da rede com temporários”, explicou o Risolia.

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