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Com previsão de inauguração para 2023, o Estado do Rio terá o maior hospital público veterinário da América Latina, com especialidades de oftalmologia, oncologia, ortopedia e internação. A informação foi dada pelo secretário municipal de Proteção e Defesa dos Animais do Rio, Vinícius Cordeiro, durante a audiência pública da Comissão de Meio Ambiente (CDMA), presidida pelo deputado Gustavo Schmidt (Avante), realizada na terça-feira (19/04).
Ainda segundo o secretário, a maioria da demanda é por procedimentos de ortopedia devido a casos de atropelamento de animais, além de ser um serviço mais caro e que a população carente não tem acesso. “Nós precisamos urgentemente da construção de rede de saúde de bem-estar animal no Rio e no interior do estado. Estamos no processo de construção do maior hospital universitário da América Latina, que provavelmente será na Zona Norte da cidade do Rio. O projeto inicial já está pronto e estamos indo para a segunda fase, que é o processo de licitação do edifício, que terá três andares”, explicou.
Durante a audiência, protetores e criadores de animais foram unânimes ao defender o uso de microchips nos animais domésticos, um dispositivo introduzido no animal contendo os dados da pessoa responsável pelo animal. “Os microchips seriam uma grande saída, porque a pessoa que adota um animal microchipado pensaria duas vezes antes de abandoná-lo, uma vez que abandono é considerado crime de maus-tratos”, comentou o criador Elísio Paiva.
Disque-denúncia em defesa dos animais
O presidente do colegiado, Gustavo Schmidt (Avante), propôs a elaboração de dois projetos de lei para serem debatidos e votados pela Casa. “Saímos com diversas ideias desta reunião, entre elas um número de três dígitos para denúncia de maus-tratos e de qualquer outro tipo de crime, e outro para a microchipagem dos animais, como forma de inibir o abandono e controlar a natalidade dos animais de rua”, ressaltou. O parlamentar também informou que o estado do Rio tem quase três milhões e meio de animais abandonados, entre cães e gatos. O deputado Carlos Minc (PSB) também participou do debate de forma virtual.
Foto: Tiago Lontra