Rio registra, em 2014, a maior queda de casos de dengue do país

O Rio de Janeiro foi o estado que mais conseguiu reduzir o número de casos de dengue no Brasil em 2014. Entre janeiro e outubro, as notificações da doença caíram 97%, em comparação com o mesmo período de 2013. A redução nos registros da doença se deve a um conjunto de fatores: desde 2008, quando o estado viveu sua maior epidemia, novas estratégias de controle e prevenção foram implementadas e ajudaram a conter o avanço do vírus, como a Campanha 10 Minutos Contra a Dengue, a criação dos centros de hidratação e a capacitação de profissionais do setor público e privado.

– Esse é um dos menores índices da série histórica da dengue no estado. O resultado comprova uma maior mobilização dos municípios e da população para eliminar as larvas do aedes aegypti nos domicílios. Além disso, fatores climáticos, como o baixo índice de chuvas, e a imunização da população para os principais sorotipos circulantes também favoreceram para a queda – avalia o superintendente de Vigilância Epidemiológica e Ambiental, Alexandre Chieppe.

Até 11 de outubro deste ano, a Secretaria de Estado de Saúde registrou 6.859 casos de dengue em todo o estado. Também foram confirmados oito óbitos: em São Gonçalo (1), São José do Vale do Rio Preto (1), Vassouras (1), Rio de Janeiro (1) e Campos dos Goytacazes (4).

As notificações foram compiladas pelo órgão a partir de dados inseridos no sistema pelos municípios. Em 2013, foram notificados 212.231 casos e 39 óbitos. No Levantamento de Índice Rápido para o Aedes aegypti (LIRAa), realizado entre 1º e 7 de junho, a maioria dos municípios apresentou condições satisfatórias. Das 73 cidades que realizaram a pesquisa, 50% tiveram infestação abaixo de 1%, índice satisfatório. 

AÇÕES CONTRA DENGUE: O carro chefe das ações da Secretaria de Estado de Saúde é a campanha 10 Minutos Contra Dengue. A iniciativa vem sendo uma importante ferramenta de conscientização para a necessidade de todos se engajarem no combate ao foco do mosquito aedes aegypti, principal transmissor da doença, o mesmo que também transmite a febre amarela. O objetivo é estimular a população a investir 10 minutos por semana para eliminar possíveis criadouros em suas casas, já que o ambiente doméstico concentra 80% dos focos.

Além da capacitação de profissionais, foi implementado, também, um Prontuário Eletrônico para auxiliar os profissionais de saúde do estado no atendimento a pessoas com dengue. Após inserir os dados do paciente no sistema, o programa avalia os sintomas e indica qual o melhor tratamento a ser seguido, e até aponta a necessidade de internação. A montagem de centros de hidratação nos municípios também tem sido fundamental para ampliar o acesso ao paciente e acompanhá-lo de forma adequada.

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