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Um balanço com o resultado do Levantamento do Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa) nos últimos três anos mostra que o estado do Rio de Janeiro vem reagindo na luta contra a dengue. De acordo com a Subsecretaria de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado de Saúde, entre os anos de 2011 e 2014, o número de municípios em estágio de alerta de infestação caiu cerca de 20% – este ano há 15 cidades nessa condição em todo o estado. Atualmente, nenhum município encontra-se em situação de risco. No entanto, para manter o resultado, a Secretaria alerta para a importância da população continuar combatendo os focos de proliferação dos mosquitos.
O controle das larvas nos imóveis também melhorou. Em 2014, 80% dos 78 municípios avaliados tiveram índice de infestação abaixo de 1%, número considerado satisfatório. A análise foi realizada com base no LIRAa de outubro, período estratégico para avaliar o possível impacto da infestação do aedes aegypti durante o verão. A pesquisa é considerada um instrumento fundamental para orientar as ações de controle da dengue, o que possibilita aos gestores locais de saúde anteciparem as ações de prevenção.
Para o superintendente de Vigilância Epidemiológica e Ambiental, Alexandre Chieppe, a redução nos números do LIRAa se deve, em boa parte, à adesão das prefeituras e da população à Campanha 10 Minutos Contra a Dengue, criada em parceria entre a Secretaria de Estado de Saúde e a Fiocruz, em 2011.
– A população está mais consciente e hoje sabe que a melhor forma de se proteger do mosquito é evitar que ele se desenvolva, eliminando os criadouros dentro dos domicílios. Mas o alerta permanece para que esses índices continuem em queda, até que possamos permitir um cenário ainda mais seguro para os próximos anos – explica Chieppe.
Ações contra dengue – O carro-chefe das ações da Secretaria é a campanha 10 Minutos Contra Dengue. A iniciativa vem sendo uma importante ferramenta de conscientização para a necessidade de todos se engajarem no combate ao foco do mosquito aedes aegypti, transmissor da doença. O objetivo é estimular a população a investir 10 minutos por semana para eliminar possíveis criadouros em suas casas, já que o ambiente doméstico concentra 80% dos focos.
Além da capacitação de profissionais, foi implementado, também, um Prontuário Eletrônico para auxiliar os profissionais de saúde do estado no atendimento a pessoas com dengue.
Após inserir os dados do paciente no sistema, o programa avalia os sintomas e indica qual o melhor tratamento a ser seguido, e até aponta a necessidade de internação. A montagem de Centros de Hidratação nos municípios também tem sido fundamental para ampliar o acesso ao paciente e acompanhá-lo de forma adequada.
O site Rio Contra a Dengue traz todas as informações sobre a campanha dos 10 Minutos Contra a Dengue, como folhetos explicativos, lista de ações semanais, tirinhas do personagem Mosquiteiro, espaço para marcar a data em que o morador fez a vistoria em casa e muito mais. O material foi produzido também para que gestores municipais tenham a opção de fazer o download do folheto e distribuir para a população.
Chikungunya – O superintendente lembra, ainda, que a Vigilância Epidemiológica já iniciou as ações de enfrentamento para a entrada do vírus chikungunya no estado.
Em outubro, a Comissão Intergestores Bipartite (CIB), colegiado formado por representantes dos municípios e da Secretaria de Estado de Saúde, aprovou a incorporação das ações de controle e prevenção do chikungunya ao plano de combate à dengue. O resultado já foi encaminhado ao Ministério da Saúde para sua homologação.
Agora, os municípios têm até o dia 30 de novembro para adequar o plano de contingência e controle das duas doenças. A Secretaria de Estado de Saúde (SES) vai realizar um treinamento itinerante para capacitação sobre diagnóstico e tratamento de pacientes com a febre chikungunya.