Jovem friburguense é campeão mundial no World Pro Jiu-Jitsu, em Abu Dhabi
O superficial não me atrai, não pertenço a esse mundo de abraços frouxos, sorrisos ensaiados, onde o ser perde espaço para o ter. (Brenda Oliveira)
Tempos difíceis vivemos nestas décadas iniciais do século 21. Em todos os setores socioeconômicos. Na sociedade, na política, na educação, na cultura, os valores cristãos passam a ser substituídos por valores materiais, às vezes mesquinhos.
Ficar milionário passou a ser a meta; não como ser o melhor, como fazer a diferença em sua e em nossa vida, no lar, no trabalho, em qualquer atividade humana. Como faturar um milhão em um mês. Livros sobre a riqueza material são best-sellers. Deus, Jesus Cristo sumiram da escola, das universidades. Pelo contrário. Há exemplos recentes de aviltamento sobre a vida e a obra de amor do Nazareno.
Vivemos no século 21 com transformações e mudanças radicais. São mudanças tecnológicas, econômicas, políticas, biológicas, culturais e principalmente sociais, incluindo os costumes, os hábitos. E, como não poderia deixar de ser, a Ética e a Moral também passam por certas mudanças. Mas a ética e moral cristãs não mudam, como nos ensinou Jesus Cristo: não fazer ao próximo o que você não gostaria que lhe fizessem; ou fazer ao próximo o que você gostaria que lhe fizessem.
Os filhos estão mandando nos pais. Smartphones e tablets para crianças servem apenas para torná-las egocêntricas, caso os pais não controlem o uso. Filhos agridem os pais com palavras, palavrões ou físicas, aos pontapés, socos e similares. Já presenciei desolado esses tipos de agressão. Outro recurso é a chantagem. “Se você me der um videogame, eu me dedico mais aos estudos”. E assim por diante.
A inversão de valores é um fenômeno que tem sido amplamente discutido neste século. Ela se refere a uma mudança na hierarquia de importância dos princípios morais e éticos que guiam as ações individuais e coletivas. Vou explorar algumas reflexões sobre esse tema, que busquei em vários psicólogos, sociólogos, pedagogos e pensadores cristãos.
A falta de respeito e empatia tem consequências profundas para a sociedade. Fato que pode levar ao aumento de conflitos interpessoais, desigualdades sociais e violência. Quando as pessoas não se colocam no lugar do outro, a harmonia social é prejudicada.
Vivemos em uma era de gratificação imediata. A busca incessante por prazeres instantâneos pode levar ao consumismo excessivo, ao endividamento e à falta de sustentabilidade ambiental. Valores como moderação e responsabilidade muitas vezes são deixados de lado.
O egoísmo exacerbado tem se tornado mais comum. As pessoas muitas vezes priorizam seus interesses pessoais em detrimento do bem comum. Isso pode levar a uma sociedade fragmentada, onde o coletivo é negligenciado.
O relativismo moral, que defende que não existem verdades absolutas, também contribui para a inversão de valores. Quando não há critérios objetivos para avaliar o certo e o errado, os valores se tornam fluidos e sujeitos a interpretações pessoais.
No século 21, vemos uma redefinição das prioridades. O que antes era considerado essencial, agora pode perder a relevância, enquanto novos valores emergem, nem sempre cristãos. A busca por equilíbrio entre trabalho e vida pessoal e familiar, nesta era digital, em que se pode trabalhar em casa ou onde estivermos (home office), é um dos problemas mais evidentes deste século, quando não há disciplina, equilíbrio entre o trabalho e a vida familiar, em especial, quando há filhos menores de idade.
Em suma, a inversão de valores é um fenômeno complexo e multifacetado. Cabe a cada um de nós refletir sobre nossas escolhas e contribuir individualmente para uma vida mais ética e justa, no lar, no trabalho, nos entretenimentos.
De acordo com o Censo Demográfico de 2022, os dados preliminares indicam a seguinte distribuição religiosa no Brasil: Católicos: 50% da população; Evangélicos: 31%; Sem religião: Cerca de 10% dos brasileiros; Espíritas cristãos: 3% da população; religiões afro-brasileiras (Umbanda, Candomblé ou uma mistura das duas), representam 2%; Judeus: 0,3% da população; e outras religiões:
É interessante notar que, de acordo com projeções do IBGE, a população evangélica deve ultrapassar a católica pela primeira vez a partir de 2032. Nesse cenário, o número absoluto de seguidores de cada uma das duas religiões ficaria em torno de 90 milhões, no Brasil. Em 2022, havia 22 milhões de evangélicos e 125 milhões de católicos, ou seja, 89% da pulação, incluindo os 3% de espíritas.
Uma população de 89% de cristãos, no Brasil, poderia reagir e criar uma imersão de valores, um conceito que se refere à profunda absorção ou envolvimento em um conjunto específico de valores, crenças ou cultura. Vamos explorar esse tema na próxima semana.