Empresários pedem mais mão de obra para confecção à Faetec em Bom Jardim
Com o avanço da pandemia do novo coronavírus no Brasil, a população foi orientada pelo poder público a evitar sair de casa sem necessidade. Para que o isolamento social seja uma oportunidade de se capitar educacional e profissionalmente, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) tem ofertados vagas gratuitas em cursos a distância voltados à indústria 4.0. Divididos em módulos, eles incluem temas ligados à tecnologia, como Blockchain, Lean Manufacturing e BIM (Building Information Modeling).
O objetivo, segundo o diretor de Educação e Tecnologia da CNI, Rafael Lucchesi, é que as pessoas de todas as idades aproveitem essa janela para enriquecer o currículo e tenham mais segurança de permanecer nos empregos após a crise. “Estamos investindo na competência de formação da indústria 4.0, que tende a ser um elemento portador de futuro na carreira dos trabalhadores brasileiros”, afirma.
“O SENAI tem uma plataforma de educação à distância, com repositório de material e tudo isso com realidade aumentada. Além disso, há a disponibilização de kits simuladores à distância que propiciam esse aprendizado por meio da plataforma digital”, complementa Lucchesi.
A ideia é que, até junho, sejam oferecidas mais de 100 mil vagas. Para ter acesso aos cursos, que têm mais de 20 horas de duração, é só acessar a plataforma Mundo SENAI, onde será necessário fazer um cadastro simples. A partir daí, é só começar a acompanhar as aulas e se requalificar.
Além dos cursos à distância, o SENAI disponibilizou livre acesso a grande parte de seu material. Na Estante Virtual de Livros Didáticos, os interessados poderão ter acesso a livros referentes a cursos de 32 áreas tecnológicas, 32 cursos técnicos e 83 qualificações básicas. São mais de 1.150 volumes disponíveis, que também podem ser acessados pelo aplicativo Livros SENAI, disponíveis no Google Play e App Store.
O professor do Ibmec Brasília Gino Terentim Junior avalia que as medidas adotadas pelo SENAI são importantes em meio a um cenário de incertezas no mercado de trabalho.
“Eu vejo isso como algo fundamental. A gente precisar repensar o modelo de negócio da educação. Quando a gente foi obrigado a se confinar por causa do coronavírus, a educação saiu dos prédios. Os prédios detinham a educação, e eu precisava sair da minha casa. À medida que eu tive que ficar em casa, isso forçou esse modelo a se adaptar”, opina.