Sucessão de escândalos

Realmente, o governo Dilma Rousseff não consegue sair do noticiário policial com a continuidade das declarações do ex-diretor da Petrobras, que, agora, confessa que recebeu R$ 1,5 milhão para facilitar a “mutreta” na compra da Refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, como anteriormente já havia denunciando, que também a Refinaria Abreu Lima, em construção em Pernambuco, está comprometida com a enorme distribuição de dinheiro para os companheiros privilegiados do petismo, com a forte presença dos seus aliados tradicionais: PMDB, PP e PR.

Por sorte, suas denúncias e a confissão de que ele mesmo é um beneficiário do esquema foi vazado em tempo hábil para que o povo brasileiro se sinta em condições de demonstrar sua revolta contra esses marginais de “fraque e cartola” que se locupletaram com o dinheiro público, que deixou de ser aplicado em algo útil para a sociedade e foi engordar o saldo bancário dos políticos que apoiam Lula e seus parceiros com o beneplácito da presidente da República. Certamente, se isso fosse na China, eles não sairiam vivos desse bacanal engendrado e praticado por pessoas que deveriam ter um mínimo de consciência e de patriotismo no exercício de funções, no geral, altamente remuneradas. Infelizmente, boa parte do nosso povo, principalmente os que dependem das esmolas que recebem como o “bolsa família” e outras bolsas, deve achar esse festival de cretinices desculpável.

Ainda bem que o governo Fernando Henrique conseguiu privatizar a Vale do Rio Doce e a Companhia Siderúrgica Nacional, assim como, na mesma época, Marcelo Alencar se desfez do antigo Banerj, cujas diretorias fizeram lambanças de toda ordem e, ainda hoje, existem pendências a serem resolvidas. Calculem se ainda fossem estatais nas mãos dessa corja de aproveitadores.

Tudo isso nos faz pensar que ao Estado não deveria caber o papel de gerir empresas, ainda mais quando nos deparamos com uma corrupção endêmica aliada a uma justiça lenta e ineficiente.

*Joel Naegele é vice-presidente da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), membro do Conselho Fiscal do Sebrae-RJ e da Câmara Setorial de Agronegócios da Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro).

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