Projeto de lei que valoriza a defesa agropecuária no Rio é aprovado
Jornal da Região 
História
Segundo historiadores, o início do desenvolvimento de Trajano de Moraes está relacionado com a migração de portugueses da baixada fluminense para a região serrana do estado do Rio, na metade do século XVIII. Nesse período, muitos exploradores chegaram ao local em busca de ouro e riquezas minerais. Porém, após diversas tentativas frustradas em busca do metal precioso, muitos viajantes deixaram as terras e apenas alguns permaneceram no local. A nova comunidade que se estabelecia ali passou a adotar a agricultura como forma de subsistência e, assim, surgiu uma nova riqueza na região: o café.
Os colonos portugueses fizeram das terras trajanenses, através de mão de obra escrava, uma das regiões mais produtivas do estado do Rio de Janeiro na época. Através da ascensão dos cafezais e a terra tornando-se cada vez mais produtiva, a região também passou a atrair novos colonos, principalmente os europeus. Nesse período, surgiu, inclusive, o primeiro núcleo populacional de Trajano, que se estabeleceu próximo à Capela de Nosso Senhor dos Passos, e passou a ser chamado de povoado de São Francisco de Paula.
Após décadas de triunfo na agricultura e, principalmente, na produção de café, a região tornou-se cada vez mais desenvolvida economicamente. Foi em 1846 que José Antônio de Moraes, um importante político da época, estimulou o desenvolvimento do povoado de São Francisco de Paula, que foi elevado à categoria de freguesia. Nesse momento, a localidade pertencia ao município de Cantagalo, mas também prosperava junto a muitos municípios já estabelecidos na época.
Após a abolição da escravatura, em 1888, a agricultura de toda a região serrana foi abalada, inclusive do povoado de São Francisco de Paula. A fim de conter os danos econômicos à pequena população trajanense, o governo decretou a criação do município de São Francisco de Paula, a partir do decreto n.º 178, instalado em 25 de abril de 1891. A partir desta data, surgiu a nova cidade de São Francisco de Paula, que permaneceu com esse nome até 1929. A partir daquele ano até os dias atuais, a cidade passou a se chamar Trajano de Moraes.
O munícipio hoje
Atualmente, Trajano de Moraes conta com uma população estimada pelo IBGE de 10.640 habitantes (sendo aproximadamente 8.606 eleitores). Com o gentílico de trajanense, o município é composto pelos distritos da sede, Visconde de Imbé, Dr. Elias, Vila da Grama e Sodrelândia. Sua economia é baseada, principalmente, na agricultura, com destaque para as plantações de banana, caqui, laranja, maracujá, além de pequenas colaborações em cultivos, como o café.
Entre os seus atrativos turísticos se destacam a Praça Nilo Peçanha, a Igreja Matriz da Paróquia do Sagrado Coração de Jesus, a Represa da Tapera, e suas belíssimas cachoeiras, como a Cachoeira Amorosa e a Cachoeira de Sodrelândia. Além disso, Trajano de Moraes também é destaque em passeios para quem curte natureza, sendo um destino ideal para a prática de trilhas ecológicas, mountain bike, rafting e cavalgadas.
Após as eleições municipais de 2020, Rodrigo Viana (DEM) é o prefeito da cidade, enquanto Matias Mendes da Silva (PSC) é o vice-prefeito. Hoje, ocupa o cargo de Presidente da Câmara, o vereador Allexandro Vieira De Souza. Além dele, a cidade elegeu mais 8 representantes, são eles: Daniel Rezende Fagundes (Solidariedade); David da Silva Carvalho (Solidariedade); Isaías Alves Nogueira (Solidariedade); Helio Luiz Fazoli de Moraes (Democratas); Isis Felix Bechara Fernandes (PSDB); Mônica Massena Tannos (PSDB); Romualdo José Wenderoscky (MDB) e Sávio Machado Diniz (MDB).
