Trajano de Moraes já teve três nomes diferentes nos seus 121 anos

O povoado obteve o título de Freguesia no ano de 1846, graças à intervenção de José Antônio de Moraes, o Visconde de Imbé. Com a ajuda dos irmãos fazendeiros José Antônio e Elias de Moraes, a freguesia conseguiu terras para a consolidação da área urbana e a construção da Igreja Matriz de São Francisco de Paulo.

Em 1891, São Francisco de Paulo era elevado à categoria de cidade, logo após à inauguração da estação de trem. O primeiro nome dela foi Ventania. E o progresso foi assim chegando: ao som do apito do trem, São Francisco de Paulo (ou Ventania) foi ganhando prédios, praças e jornais de circulação semanal. Mas o seu principal benfeitor faleceu em 1911.

A cidade foi crescendo e vendo o fruto de seus esforços, até que, em 1938, recebeu, definitivamente, o nome de Trajano de Moraes.

 

Município tem 9.914 habitantes

Trajano de Moraes tem uma população estimada, em 1º de julho 2009, em 9.914 habitantes. Localiza-se a 22º03’48” de latitude sul e 42º03’59” de longitude Oeste, a 655 metros de altitude. Conta com uma população de 10.281 habitantes (2010). O município se limita com Macaé ao Sul; Conceição de Macabu e Santa Maria Madalena a Leste; São Sebastião do Alto e Macuco ao Norte; Cordeiro, Bom Jardim e Nova Friburgo a Oeste.

Sua beleza natural pode ser observada principalmente nas cachoeiras, em especial a Cachoeira Graças a Deus, em Sodrelândia, Barragem e Cachoeira das Neves. Também existem algumas fazendas históricas e o local que deu origem ao município – conhecido como São Francisco de Paula.

 

Terceiro maior produtor de caqui no estado

Com rendimento médio de 30 mil kg por hectare e cerca de R$ 673 mil/ano de valor de produção, Trajano de Moraes, conforme dados da Produção Agrícola Municipal 2009, do IBGE, é o terceiro maior produtor de caqui do estado do Rio de Janeiro, com 2.040 toneladas/ano, ficando atrás somente de Sumidouro, o segundo colocado, com produção de 5.180 toneladas/ano, e de São José do Vale do Rio Preto, o maior produtor do estado, com 9.555 toneladas/ano.

O caqui é apenas uma das muitas culturas da zona rural de Trajano de Moraes, mas a participação deste produto na produção geral fluminense é bastante significativa, levando geração de emprego e renda para centenas de famílias do município, a maioria com agricultura de subsistência.

Trajano de Moraes registrou, nos últimos 20 anos, conforme apontam dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o que muitas cidades da região temem: queda de população. O esvaziamento poderá afetar diretamente a economia local, sem falar nas interferências nos repasses federais para a Prefeitura, incluindo os do Sistema Único de Saúde (SUS), que são baseados no número populacional de cada município.

No período, o município perdeu 351 moradores, se comparados os números do censo do IBGE em 1991 (10.640 habitantes) e de 2010, quando registrou 10.289.

Mas, se por um lado, o número de habitantes caiu na comparação geral dos últimos 20 anos, por outro também há uma notícia boa. Do censo realizado em 2000 para a contagem populacional do ano passado, o município registrou uma reação, pulando de 10.038 habitantes para os atuais 10.289. Ou seja, na última década, Trajano de Moraes conseguiu mais 251 moradores.

O município, que possui uma área territorial de 589,811 quilômetros quadrados, também é um dos que possui maior número de pessoas morando na zona rural, embora a diferença seja pequena. São 4.780 moradores da área urbana contra os 5.509 da zona rural, de acordo com a amostragem colhida em 2010. A diferença, em favor da zona rural, é de 729 pessoas.

O forte da economia trajanense é a agricultura, com destaque para as plantações de banana, caqui, laranja, maracujá, além de pequenas colaborações em cultivos, como o café. As atividades rurais justificam o número maior de pessoas fora da área urbana, o que garante ao município a manutenção da sua população, apesar das quedas registradas nas últimas duas décadas.

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