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Felipe Daflon Gama com sua mãe, Rita
O jovem cantagalense Felipe Daflon Gama, da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF), é um dos estudantes que integra um grupo de pesquisa para desenvolver uma telha de forma sustentável. A pesquisa inovadora busca reutilizar materiais de indústrias da área metalúrgica, em Campos dos Goytacazes.
Estudante de Engenharia Metalúrgica e de Materiais e também premiado por seu trabalho de Iniciação Científica no XIV Congresso Fluminense de Iniciação Científica e Tecnológica (CONFICT), Felipe conta que a argila produzida pelo setor cerâmico de Campos é o material mais comum para a produção de tijolos e telhas na cidade. No entanto, a sua pesquisa busca viabilizar a produção de telhas geopoliméricas usando resíduos siderúrgicos. Em entrevista à Revista PIBIC, da UENF, o estudante explicou como funciona o seu processo de pesquisa:
“(…) O Geopolímero é como se fosse um material alternativo ao cimento Portland convencional, com propriedades e características bem semelhantes, mas que tem seu valor pelo fator sustentabilidade. Trata-se de um polímero inorgânico e produzido com materiais geo (vindos da terra), como os materiais argilosos, por exemplo. A sua produção é feita a partir de um ativador (solução proveniente de uma reação alcalina) e um precursor (os materiais “da terra”, como metacaulim ou argilas calcinadas). Quando um é colocado em contato com o outro, ocorre o endurecimento e a formação de uma massa similar ao cimento, que endurece com o tempo. Portanto, a minha pesquisa visa mostrar se é viável a produção dessas telhas geopoliméricas, mas utilizando resíduos siderúrgicos como parte do material precursor”, detalhou o estudante.
Além de buscar uma solução viável e sustentável para a produção de telhas com resíduos das indústrias, a pesquisa realizada por Felipe recebe a orientação do professor Carlos Maurício Fontes Vieira. O estudante também integra o Grupo de Pesquisa de Materiais Sustentáveis, da UENF, que conta com outros estudantes à frente dos estudos científicos.
A trajetória do estudante
Felipe Daflon Gama tem 21 anos e é natural do município de Cantagalo. Em entrevista à Revista PIBIC, o estudante de engenharia contou que o seu ingresso no Ensino Superior começou cedo, com um longo período de dedicação. O jovem conta que a sua rotina de estudos iniciou-se com o apoio dos pais, ainda na adolescência.
Atualmente residindo no município de Campos, o estudante conta que no início foi difícil se adaptar a uma nova rotina, e a uma nova cidade, com mais de 500 mil habitantes. No entanto, com o apoio de amigos, e alimentado por novos sonhos e perspectivas, a sua adaptação a área acadêmica foi se tornando possível.
Além do apoio de novas amizades, o interesse pela área de Iniciação Científica também tem norteado a trajetória acadêmica do estudante. Felipe conta que à medida que os seus colegas relatavam as suas experiências na área de Pesquisas Científicas, a sua curiosidade pela área também aumentava. Para o universitário, o interesse pela Iniciação Científica nasceu diante da possibilidade de colocar em prática os conceitos que antes eram conhecidos apenas de forma teórica.
“Antes de entrar na faculdade, eu sempre acreditei que, se fizesse engenharia, seria um engenheiro e iria trabalhar em uma fábrica ou como freelancer. Porém, com a IC (Iniciação Científica), eu conheci incríveis pesquisadores que, com os seus projetos, me fizeram ficar completamente apaixonado pela pesquisa. Acredito que meu futuro vá por esse caminho”, relatou o estudante.