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Os grupos de materiais de construção Holcim e Lafarge disseram que notificaram formalmente a Comissão Europeia acerca do seu plano de fusão para a criação do maior grupo de cimento do mundo. O movimento dá início ao escrutínio oficial na Europa sobre uma operação que foi projetada desde o início para ser acompanhada pela venda de bilhões de dólares em ativos, a fim de que a aprovação regulamentar fosse garantida em todo o mundo.
A combinação exclusivamente em ações entre as companhias, que requer a aprovação dos órgãos reguladores em todo o mundo, já tem o sinal verde de sete países, disseram os executivos das empresas a repórteres em uma teleconferência.
Em um comunicado, os parceiros que pretendem criar o grupo com mais de 40 bilhões de dólares em vendas anuais também disseram ter ajustado um pouco seu plano de alienações na Europa após “discussões construtivas antes da notificação” com a comissão”.
Eles afirmaram que negociações estavam em curso com compradores dos ativos, e que ainda planejam fechar o negócio anunciado em abril durante o primeiro semestre do ano que vem.
Na teleconferência com repórteres, o presidente-executivo da Lafarge, Bruno Lafont, e o da Holcim, Bernard Fontana, não deram detalhes sobre o valor dos ativos à venda ou sobre os preços que estavam sendo oferecidos, mas Lafont disse que os ativos representavam cerca de 12% das vendas anuais combinadas. As vendas combinadas em 2013 somaram cerca de 31,5 bilhões de euros (40,05 bilhões de dólares).
Lafont disse que as companhias estavam conversando tanto com compradores financeiros, quanto com industriais. Várias pessoas familiarizadas com o assunto disseram à agência Reuters, no início de outubro, que a fabricante irlandesa de cimento CRH se unirá à rival mexicana Cemex para explorar uma oferta por todos os ativos que Lafarge e Holcim planejam vender.
A alemã Heidelberg Cement e a empresa brasileira Votorantim Cimentos também estão considerando uma oferta conjunta por todo o portfólio, disseram as fontes. A fabricante de cimento mexicana Cemex disse que espera que a fusão planejada entre seus rivais Lafarge e Holcim seja amplamente positiva para a indústria, e está aberta a explorar aquisições que podem surgir dessa fusão.
– Nossa opinião é que terá um impacto de neutro para positivo na indústria – disse o presidente-executivo da Cemex, Fernando Gonzalez, sobre a fusão em teleconferência com analistas. Holcim e Lafarge, os dois fabricantes de cimento líderes mundiais em termos de vendas, fecharam acordo no mês passado, com a maior fusão já realizada nessa indústria, que deve ajudar a reduzir o excesso de capacidade, que tem atormentado o setor nos últimos anos.
O representante da Cemex avalia a compra desses ativos. “Não estamos com pressa, não estamos com pressa, mas estamos sempre abertos para explorar as possibilidades”, disse. Gonzalez também observou que se a empresa for adquirir outros negócios, seu viés será em mercados emergentes e sugeriu que era improvável comprar algo nos Estados Unidos, por enquanto. “Temos bastante ativos norte americanos para aproveitar a recuperação”, disse o presidente.