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Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta semana, revelam que as vendas do comércio varejista caíram 0,6% em novembro do ano passado. O resultado veio após uma sequência de alta por três meses consecutivos. Apesar de baixo, ainda trata-se de um número positivo em relação ao mesmo período de 2021.
No comparativo do IBGE entre as atividades pesquisadas, outubro e novembro obtiveram um resultado negativo. Apenas móveis, remédios, perfumarias e eletrodomésticos apresentaram uma pequena alta nas vendas.
O economista Cesar Lima explica quais motivos podem ter contribuído para o resultado. “Entre os fatores que contribuíram para essa queda de novembro, está a Black Friday que foi fraca, pelo endividamento das famílias brasileiras, e também pelo aumento no preço dos combustíveis”, considera.
Veja o comparativo:
- Combustíveis e lubrificantes (- 5,4%)
- Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (- 3,4%)
- Livros, jornais, revistas e papelaria (- 2,7%)
- Outros artigos de uso pessoal e doméstico (- 0,3%)
- Tecidos, vestuário e calçados (- 0,8%)
- Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (- 0,2%)
- Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (1,7%)
- Móveis e eletrodomésticos (2,2%)
- Veículos e motos, partes e peças (varejo ampliado) (0,4%)
- Material de construção (varejo ampliado) (3,0%)
Ainda segundo Lima, em 2023 os varejistas devem enfrentar um cenário desafiador. “Os motivos são os mesmos de 2022. Temos uma perspectiva de alta taxa de juros devido à manutenção dos índices da Selic em um patamar elevado, o que dificulta o crédito. Além disso, o alto nível de endividamento das famílias faz com que elas pensem diversas vezes antes de contrair um empréstimo. Da mesma forma, nós temos acontecimentos externos que farão com que as pessoas se intimidem na hora de realizar gastos”, pontua.
Dos 27 estados do país, 14 tiveram um desempenho negativo nas vendas de comércios varejistas.
Fonte: Brasil61