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Sessão, após ter sido adiada, é suspensa e ainda não tem outra data marcada. Contrário a emendas apresentadas por vereadora de oposição, grupo de moradores protesta em favor do prefeito eleito, que reclama de “engessamento” com redução da taxa de remanejamento
A polêmica está formada em São Sebastião do Alto. Duas emendas apresentadas pela vereadora Ivany Esperante (PMDB), que é do grupo de oposição ao prefeito eleito Cármod Bastos (PT), reduzem o crédito adicional sobre o orçamento de 2013, antes previsto em 50%, para apenas 5%, e ainda proíbe o remanejamento de verbas entre as secretarias. Isto significa que o novo prefeito teria, caso a emenda seja aprovada, liberdade para utilizar crédito adicional até o limite de apenas 5% do orçamento do ano de 2013, estimado em quase R$ 30 milhões, o que representa menos de R$ 1,5 milhão, e não poderia transferir recursos de uma secretaria para outra. Qualquer ação neste sentido teria que contar, primeiro, com aprovação da Câmara de Vereadores.
O orçamento de 2013, que está em análise no Poder Legislativo, foi protocolado pelo atual prefeito, Geraldo Pietrani (PP), em agosto deste ano.
Contrário à medida e acusando a vereadora autora da emenda de querer “engessar” o trabalho do futuro prefeito, um grupo de moradores organizou uma manifestação contra a emenda no Centro da cidade, pressionando os demais vereadores a votarem contra a proposta. “Eles querem “engessar” o governo do ano que vem e deixá-lo nas mãos dos vereadores, que decidirão o que deve ou não ser feito”, acusa a professora Rosemayre Azevedo, presidente do Sindicato dos Servidores Municipais, uma das manifestantes, em entrevista concedida à Rede InterTV.
A sessão extraordinária para votação da proposta havia sido marcada para as 8 horas de sexta-feira passada, 7 de dezembro, mas logo foi adiada para as 13 horas. A presidente da Câmara, vereadora Rosângela Rodrigues, a Ninha (PMDB), abriu a sessão a justificou o adiamento da sessão, que, mesmo assim, começou com 20 minutos de atraso e com participação de apenas seis dos nove vereadores. Segundo ela, havia falecido a mãe de um funcionário da Câmara, o que não convenceu a população, que encheu o plenário para protestar. A sessão acabou sendo adiada para data ainda não anunciada.
A vereadora Ivany Esperante, autora das propostas que levantaram tanta polêmica, não quis falar com a imprensa. “Sou autora das propostas, mas me reservo o direito de não querer falar sobre o assunto. Não quero dar explicações sobre as propostas apresentadas”, disse.
Segundo o prefeito eleito Cármod Bastos, a ação é uma clara retaliação à sua vitória nas eleições passadas. Para ele, a atitude tem como pano de fundo questões políticas para prejudicar a sua gestão, que nem começou. “As eleições já acabaram e ainda estão pensando como candidatos, como partidos políticos, não estão pensando no futuro do município e nas obras que a gente pretende fazer e no bem-estar da população”, disse Bastos.
Na próxima gestão, Cármod Bastos ainda terá que enfrentar pedreiras pela frente, já que seu grupo político conseguiu eleger apenas um vereador; os demais oito ocupantes das cadeiras do Legislativo foram eleitos pelo grupo de oposição, liderado pelo ex-prefeito Antônio Segalote (PP), que concorreu à eleição com apoio do atual prefeito, Geraldo Pietrani, a quem ajudou a se eleger em 2008.