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Segundo estudos da American Psychological Association, funcionários que sofrem de burnout têm seis vezes mais chances de deixar seus empregos. Além disso, o burnout aumenta o absenteísmo e o presenteísmo (trabalhar sem estar em plenas condições de saúde), o que afeta ainda mais a produtividade. O burnout é um distúrbio psíquico causado pela exaustão extrema (física, mental e emocional), sempre relacionada ao trabalho. Resulta da exposição prolongada a situações de estresse no trabalho.
O impacto do burnout no trabalho e no trabalhador
No ambiente de trabalho, leva a uma queda significativa no desempenho e aumento de erros. Profissionais esgotados costumam perder o entusiasmo pelo trabalho e ter uma postura cínica ou desmotivada, o que também afeta o clima organizacional. No entanto, seus efeitos vão além da vida profissional. Está associado a problemas de saúde, como insônia, ansiedade, depressão, problemas cardíacos e até doenças autoimunes. Essa condição pode corroer a autoestima e prejudicar relacionamentos pessoais e familiares, criando um ciclo de sofrimento.
O que passam as pessoas com burnout
Pessoas expostas às situações que podem levar ao burnout, relatam sensação contínua de cansaço, mesmo após períodos de descanso. Experimentam uma desconexão emocional com o trabalho, sensação de fracasso constante e perda de propósito. Além disso, há sintomas físicos, como dores de cabeça frequentes, problemas digestivos e dores musculares. Emocionalmente, elas podem apresentar irritabilidade, tristeza, apatia e distanciamento social. No trabalho, o desempenho cai drasticamente, surgem problemas de concentração, esquecimentos frequentes e dificuldade em concluir tarefas.
O que leva ao burnout
- Sobrecarga de trabalho: excesso de tarefas e prazos apertados geram estresse contínuo.
- Falta de controle: sentir que não tem autonomia ou influência sobre seu trabalho aumenta a frustração.
- Falta de reconhecimento: a ausência de feedback positivo e recompensas pelo esforço gera desmotivação.
- Ambiente de trabalho tóxico: relacionamentos conflitantes ou ambientes de alta competitividade afetam a saúde mental.
- Desalinhamento entre valores pessoais e profissionais: quando os valores do indivíduo não são compatíveis com os da empresa, o trabalho perde sentido.
Não espere o burnout aparecer
Muitas pessoas acreditam que precisam esperar o burnout se manifestar para tomar providências, mas essa é uma abordagem perigosa. O ideal é adotar práticas preventivas que ajudem a manter o equilíbrio emocional e físico antes que o esgotamento aconteça ou alcance níveis críticos.
Há várias ações simples e práticas que podem ser adotadas para evitar o burnout, mesmo quando você não tem o controle direto sobre decisões maiores da empresa:
- Estabeleça limites saudáveis: é importante definir limite claro entre o trabalho e vida pessoal. Isso significa, por exemplo, evitar levar o trabalho para casa e garantir que você tenha momentos de descanso reais, durante o dia. Quando possível, estabeleça ou negocie horários fixos para suas pausas, mesmo que sejam curtas.
- Organize suas tarefas: ter uma boa organização pode evitar a sensação de sobrecarga. Utilize ferramentas simples como listas de tarefas, post-its ou aplicativos no celular para manter um controle das atividades do dia. Isso ajuda a evitar o acúmulo de tarefas e a sensação de estar “perdido” no trabalho.
- Faça pausas curtas e frequentes: pausas são essenciais. Durante seu expediente, levante-se, alongue-se e se mova por alguns minutos, mesmo que seja para um café. Esses momentos ajudam a “recarregar” a energia e aumentar a concentração.
- Pratique autocuidado: praticar exercícios, ter uma alimentação equilibrada e manter o sono regular contribuem muito para a prevenção do burnout. Esses hábitos, fora do trabalho, ajudam a manter sua energia e bem-estar ao longo do dia.
- Converse sobre seus limites: se sentir que as demandas estão se tornando excessivas, tente conversar com seu superior de forma aberta. Explique que a carga de trabalho pode estar prejudicando sua produtividade e peça ajuda para encontrar uma solução. Em muitos casos, uma simples conversa pode aliviar a pressão.
- Crie pequenos momentos de prazer: no trabalho, tente encontrar pequenas formas de tornar o dia mais agradável. Seja com uma pausa para saborear um chocolate, uma conversa breve com um colega ou ouvir uma música relaxante durante uma tarefa mais rotineira, esses momentos podem ajudar a quebrar a monotonia e reduzir o estresse.
- Reconheça os sinais de estresse: fique atento a sinais como irritabilidade, falta de concentração, cansaço excessivo ou desinteresse nas atividades diárias. Ao identificar esses sinais, você pode tomar medidas para evitar que o estresse se torne crônico.
- Desenvolva habilidades de comunicação: a comunicação é uma ferramenta poderosa para reduzir o estresse. Falar com seus colegas ou gestores sobre suas dificuldades, pedir ajuda quando necessário e resolver conflitos de forma rápida pode evitar que o estresse se acumule e leve ao burnout.
- Pratique a gratidão: ao final de cada dia, tente reconhecer uma ou duas coisas positivas que aconteceram, seja no trabalho ou fora dele. Isso ajuda a focar em aspectos positivos e a manter uma perspectiva equilibrada.
- Busque apoio quando necessário: se perceber que está começando a sentir sintomas de burnout, não hesite em buscar ajuda. Pode ser conversar com um colega de confiança, procurar um profissional de saúde mental ou até mesmo participar de programas de bem-estar que sua empresa ofereça.
- Desenvolva resiliência emocional: aprenda a lidar com frustrações e busque soluções para conflitos antes que eles cresçam.
Cuide da sua saúde mental imediatamente
Cuidar da sua saúde mental é essencial para garantir que você possa continuar crescendo e se desenvolvendo, tanto no trabalho quanto na vida pessoal. Não espere até que o esgotamento chegue ao ponto crítico.
Reconheça seus limites, cuide de sua mente e corpo, e adote práticas que promovam o bem-estar no seu dia a dia. Se precisar, busque ajuda profissional para garantir uma vida mais equilibrada e saudável.
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