"A inteligência emocional como chave para o sucesso profissional", por Jalme Pereira

Joana era uma profissional respeitada na empresa onde trabalhava. Como líder de projetos, sua capacidade técnica era inquestionável. No entanto, em uma reunião importante para a entrega de um projeto, algo saiu do controle.

Os membros da equipe estavam preocupados com o prazo apertado e começaram a apontar falhas uns dos outros. Sentindo-se pressionada, Joana perdeu a paciência: elevou o tom de voz, culpou um colega e encerrou a reunião abruptamente. O resultado? A equipe ficou ainda mais desmotivada e o projeto atrasou, gerando um impacto negativo para todos.

Depois daquele episódio, Joana se perguntou: “Como isso aconteceu? Sou tão competente no que faço… Por que tudo saiu errado?” Foi então que ela descobriu que, apesar de ser tecnicamente excelente, sua falta de controle emocional estava prejudicando as relações no trabalho.

O que é inteligência emocional e por que ela é essencial no trabalho?

Inteligência emocional é a capacidade de reconhecer, entender e gerenciar as próprias emoções, além de perceber e influenciar as emoções das pessoas ao redor. O conceito ganhou popularidade com Daniel Goleman, que o descreveu como um conjunto de cinco competências principais:

Autoconhecimento: reconhecer suas emoções e seus impactos.
Autocontrole: regular emoções, especialmente em situações difíceis.
Empatia: compreender os sentimentos dos outros e agir com compaixão.
Habilidades sociais: construir e manter relacionamentos saudáveis.
Motivação: buscar objetivos com entusiasmo e perseverança.

No caso de Joana, o problema não estava em sua competência técnica, mas na forma como suas emoções interferiam no ambiente da equipe.

Por isso, muitas empresas valorizam cada vez mais a inteligência emocional em novas contratações ou em processos de promoção, pois ela está ligada ao desempenho, à capacidade de adaptação e à colaboração — habilidades essenciais em qualquer cenário profissional.

Consequências da falta de inteligência emocional no trabalho

A falta de inteligência emocional pode causar uma série de problemas na vida pessoal e profissional. Pessoas com essa dificuldade tendem a apresentar comportamentos insensíveis, pois têm dificuldade em se colocar no lugar dos outros. Além disso, reações exageradas tornam-se frequentes em situações do dia a dia, como explosões de raiva diante de contrariedades. Esse desequilíbrio emocional também pode resultar em um estado constante de ansiedade e estresse.

Por que perdemos o controle? As causas do desequilíbrio emocional

O desequilíbrio emocional pode ser causado por diversos fatores, especialmente situações de estresse intenso, seja no trabalho ou na vida pessoal. Esse estado pode desencadear sintomas como insônia, irritabilidade e dificuldade de concentração.

De acordo com a revista MELHOR RH, a inteligência emocional pode ser mensurada e representa até 45% do sucesso de uma pessoa em seus resultados na vida. Além disso, estudos apontam que 87% dos fracassos profissionais estão relacionados à falta de inteligência emocional, tornando essa habilidade essencial para o sucesso no ambiente corporativo e em diversas áreas.

Dicas para desenvolver a inteligência emocional

Pratique a pausa emocional: quando algo te irritar ou abalar, respire fundo antes de reagir. Um momento de reflexão pode mudar completamente a forma como você responde.
Observe padrões: quais situações ou pessoas costumam provocar reações emocionais intensas em você? Identificar gatilhos é o primeiro passo para gerenciá-los.
Nomeie suas emoções: dê nomes aos seus sentimentos — tristeza, raiva, ansiedade, alegria. Isso ajuda a compreendê-los melhor.
Busque feedback: pergunte a colegas ou amigos como eles percebem suas reações. Às vezes, as pessoas ao nosso redor têm insights valiosos.

Reserve um momento para pensar:

Quando foi a última vez que suas emoções influenciaram negativamente uma decisão?
Você se considera capaz de perceber e regular suas emoções? Por quê?
Como suas emoções afetam sua relação com as pessoas ao seu redor?

Exercício prático – Diário das emoções (durante os próximos 7 dias, anote):

As três emoções mais intensas que sentiu a cada dia.
O que desencadeou essas emoções.
Como você reagiu.
O que poderia ter feito diferente para lidar melhor com a situação.

Ao final dos sete dias, releia suas anotações e procure identificar padrões. Esse exercício simples é uma maneira poderosa de começar a desenvolver sua inteligência emocional.

Uma lição sobre o poder da inteligência emocional

A história de Joana mostra que inteligência emocional não é um dom inato, mas uma habilidade que pode ser desenvolvida. A partir deste conteúdo, você deu o primeiro passo para reconhecer a importância de suas emoções e começar a gerenciá-las de forma mais consciente. Está pronto para seguir em frente?