Jovem friburguense é campeão mundial no World Pro Jiu-Jitsu, em Abu Dhabi
Muitos profissionais, por falta de autoconhecimento, perdem oportunidades de alavancar suas carreiras. Embora o autoconhecimento seja muito importante, uma pesquisa conduzida pela psicóloga organizacional Tasha Eurich, com 5000 pessoas, identificou que apenas 15% dos entrevistados sentiam que se conheciam bem.
A falta de entendimento profundo sobre competências (conhecimento, habilidades e atitudes) pode resultar em escolhas profissionais inadequadas, nebulosas e faz a pessoa se sentir desconectada de suas funções e de seus verdadeiros valores, perseguindo objetivos que podem não estar alinhados com quem realmente são.
A solução reside em entender e maximizar nossas competências. Isso é um passo crucial para o desenvolvimento profissional.
Então, vamos fazer aqui uma abordagem prática sobre como avaliar comportamentos e competências, descobrindo as que sustentam e destacam o desempenho e as que geram dúvidas ou prejudicam a performance.
1. Competências que sustentam (quadrante do valor): para começar, liste todas as competências que formam a base do seu desempenho diário. Que te ajudam a aproveitar oportunidades e te permitem se defender das ameaças. Exemplos: Habilidades técnicas específicas e habilidades interpessoais básicas. Aquelas que você usa diariamente.
2. Competências que destacam (quadrante da raridade): em seguida, identifique as competências que te diferenciam dos outros. Exemplos: Criatividade, liderança, resolução de problemas complexos. Aquelas que, quando precisam, você é o primeiro a ser lembrado.
3. Competências que você tem dúvidas se deveria usar (quadrante da desconfiança): explore as competências ou atitudes sobre as quais você tem incertezas sobre sua validade em determinada situação. Exemplos: curiosidade exagerada, inquietação exacerbada. Aquelas que você utilizou, mas que nem sempre agradou.
4. Competências que prejudicam (quadrante da ameaça): e, para concluir, reconheça as competências que podem ter um impacto negativo em seu desempenho. Exemplos: Perfeccionismo excessivo, resistência à mudança. Aquelas que você usou e não deu certo.
A reflexão profunda sobre tais competências, valores e aspirações pode ser um processo transformador. Veja, a seguir, dicas práticas para guiá-lo nessa jornada de autoconhecimento:
a) Agende momentos de quietude (entre 10 e 30 minutos): pode ser diariamente, semanalmente ou mensalmente, dependendo da sua disponibilidade.
b) Desconecte-se digitalmente: encontre um local tranquilo, longe de distrações e de conexões digitais, onde você possa se concentrar inteiramente em seus pensamentos.
c) Faça perguntas poderosas:
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- Que comportamentos e atitudes me sustentam e me fazem sentir mais vivo e forte no trabalho?
- Quais problemas ocorrem no dia a dia e lembram de mim para solucionar? Isso faz parte do que penso para minha vida profissional daqui a cinco anos?
- Quais comportamentos ou atitudes tenho que não sei o efeito que produzem nos outros e no trabalho?
- Quais competências eu não devo utilizar nesta empresa ou neste trabalho?
d) Mantenha um diário: mantenha um diário onde você possa registrar seus pensamentos, reflexões e descobertas ao longo do tempo.
e) Reflita sobre os momentos na sua carreira: em qual você se sentiu mais realizado? O que estava presente nessas situações? Quais habilidades você estava usando?
f) Visualização criativa: imagine vividamente seu futuro profissional ideal, ou mesmo, a resolução de desafios e obstáculos que possam existir. O que você está fazendo? Como você se sente? Isso ajudará a identificar aspirações e metas profundas.
Após este diagnóstico, o importante é tomar a decisão de “manter” e “explorar mais” as competências que emanam poder e “testar mais” ou “mudar/eliminar” aquelas que te deixam na dúvida.
O aumento do autoconhecimento não é apenas uma vantagem, é a base para uma carreira significativa.
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