Jovem friburguense é campeão mundial no World Pro Jiu-Jitsu, em Abu Dhabi
Um relatório da Society for Human Resource Management (SHRM) mostra que 58% dos funcionários deixam seus empregos devido à falta de habilidades de comunicação assertiva. Segundo o relatório, a falta de assertividade impacta ainda em problemas como maior estresse e ansiedade, menor engajamento e produtividade, além de aumentar o turnover e o absenteísmo.
Quando uma pessoa assume um comportamento passivo, ela tende a dizer “sim”, evitando expressar suas necessidades e desejos quando, na verdade, queria dizer “não”. Isso pode levar à frustração e ressentimentos. Por outro lado, a pessoa que assume um comportamento mais agressivo, tentando impor suas opiniões, pode acabar criando ressentimentos nos outros.
Pessoas que são passivas muitas vezes se tornam dependentes e podem ser vistas como “fracas” ou “indecisas”. Isso pode levar à falta de respeito e confiança por parte dos colegas e amigos. Pessoas agressivas, por sua vez, podem alienar os outros com sua atitude dominadora e controladora, resultando em isolamento social e falta de apoio.
Por um lado, a passividade pode contribuir para um clima de conformismo e falta de inovação em um ambiente de trabalho. Por outro, a agressividade pode criar um ambiente de medo, onde os funcionários hesitam em compartilhar ideias e colaborar, prejudicando a criatividade e a eficiência da organização.
Enfim, onde sobram a apatia e a agressividade é porque falta a assertividade. E existem várias razões pelas quais as pessoas não conseguem ser assertivas:
- Baixa autoestima: muitas pessoas não se sentem seguras o suficiente para expressar seus pensamentos, sentimentos e necessidades. Costumam acreditar que suas opiniões não são válidas. Têm medo de criar conflitos ou desagradar. Preferem manter a paz, mesmo que isso signifique sacrificar suas próprias necessidades e desejos.
- Experiências negativas anteriores: muitas foram punidas ou criticadas violentamente por expressarem suas opiniões. Normalmente, estas pessoas optam por serem mais passivas ou agressivas em suas interações. O medo de ser rejeitada novamente ou de não ser aceita socialmente pode levar uma pessoa a ter dificuldade em expressar suas verdadeiras opiniões.
- Ansiedade e estresse: a ansiedade e o estresse também podem minar a capacidade de uma pessoa de ser assertiva. Em situações de alta pressão, é comum que pessoas ansiosas recorram a comportamentos passivos ou agressivos como mecanismos de defesa.
A assertividade pode ser aprendida e praticada, levando a interações mais saudáveis e satisfatórias. Desenvolver tal habilidade pode ajudar uma pessoa a criar um equilíbrio saudável, onde as necessidades próprias e a dos outros sejam respeitadas, levando a interações mais positivas e produtivas. Para se tornar uma pessoa assertiva, é importante seguir um processo estruturado que envolve:
1) Reconhecer seus padrões de comportamento: identificar se você tende a ser passivo, agressivo ou passivo-agressivo em diferentes situações.
2) Identificar seus sentimentos e necessidades: fazer uma autoanálise para entender quais são suas necessidades, desejos e sentimentos em diferentes contextos.
3) Estudar a assertividade: aprender sobre os princípios da comunicação assertiva é fundamental.
4) Observar modelos assertivos: identificar pessoas ao seu redor que são assertivas e observar como elas se comunicam.
5) Praticar a comunicação clara e direta: utilizar “eu” em vez de “você” nas frases. Por exemplo, diga “eu me sinto frustrado quando…” em vez de “você sempre faz…“.
6) Usar a técnica do disco riscado: repetir calmamente o que você precisa ou quer, sem se deixar distrair ou se desviar do assunto.
7) Fazer pedidos claros e diretos: ser específico sobre o que você quer. Em vez de dizer “você pode ser mais respeitoso?“, diga “eu gostaria que você não interrompesse quando eu estou falando“.
8) Reconhecer os sentimentos dos outros: mostrar empatia. Dizer algo como “eu entendo que você está chateado e quero resolver isso juntos”.
9) Praticar em situações menores: começar praticando a assertividade em situações menos estressantes antes de aplicar em contextos mais desafiadores.
Exemplos Práticos
- No trabalho: Se um colega interrompe frequentemente suas falas, você pode chamá-lo individualmente e dizer: “Quando você me interrompe, sinto que minhas ideias não são valorizadas. Gostaria de terminar meu ponto antes de ouvir sua opinião.“
- Na vida pessoal: Se um amigo sempre escolhe o restaurante, você pode dizer: “Eu gostaria de escolher o restaurante da próxima vez. Tenho algumas sugestões que gostaria de compartilhar.“
Impactos Mentais e Relacionais
Mentalmente, quem se coloca sempre em último lugar (comportamento passivo) pode acabar se tornando dependente e depressivo. Já quem se coloca sempre em primeiro lugar (comportamento agressivo) tende a levar tudo para o lado pessoal e a sofrer com frustrações constantes. O comportamento assertivo, por sua vez, proporciona flexibilidade na busca pelo melhor, reconhecendo tanto nossas forças quanto nossas fraquezas.
Tornar-se assertivo é um processo gradual que requer prática e paciência. Ao seguir esses passos, você pode desenvolver a habilidade de se expressar de maneira clara e respeitosa, melhorando suas relações interpessoais e seu bem-estar emocional.
Adotar um comportamento assertivo não é apenas benéfico para o desempenho no trabalho, mas também para a qualidade dos relacionamentos interpessoais. Que tal ser mais assertivo e melhorar significativamente sua performance e o seu bem-estar, além de contribuir para um ambiente de trabalho mais colaborativo e respeitoso.
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