“A arte de transformar comportamentos em resultados parte 21: o poder transformador da empatia”, por Jalme Pereira

Empatia

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Imagine que uma pessoa da equipe de trabalho está enfrentando dificuldades pessoais e emocionais. Em vez de oferecer apoio e compreensão, outro colega vive fazendo piadas insensíveis sobre a situação na frente dos outros, agindo de forma egoísta e ignorando completamente os sentimentos e o sofrimento que ela está passando. Isso demonstra uma clara falta de empatia.

O problema é que comportamentos como esse são mais comuns do que parecem e costumam criar ambientes de trabalho tóxicos, que prejudicam o bem-estar, impactando na produtividade e o resultado de todos. A verdade é que quando falta empatia, as pessoas desenvolvem uma variedade de reações emocionais e comportamentais negativas.

Os relacionamentos interpessoais, por exemplo, ficam tensos, pois as pessoas se sentem desvalorizadas, incompreendidas e ignoradas. Frustradas por não terem seus sentimentos validados. Experimentam o sentimento de tristeza e desânimo, especialmente por não terem o apoio emocional que precisavam ou desejavam.

A falta de empatia também pode provocar sentimentos de raiva, especialmente, quando as pessoas julgam ou percebem que os outros estão sendo insensíveis ou egoístas. Essa raiva pode se manifestar como ressentimento e indignação em relação ao comportamento da outra pessoa.

Na maioria das vezes, a falta de empatia é atribuída a fatores como, falta de habilidades sociais, a falta de compreensão dos próprios sentimentos e necessidades, egocentrismo, falta de experiências de vida, entre outros.

Uma pesquisa da ABERJE aponta que 52% das pessoas sofrem de ansiedade no ambiente de trabalho e um fator que pode explicar este resultado é a falta de empatia, que aparece na pesquisa como prática importante para 89% dos respondentes.

Aqui estão alguns exemplos de comportamentos que demonstram falta de empatia:

  • Ignorar ou minimizar os sentimentos de outra pessoa em uma situação difícil, como não reconhecer a tristeza após uma perda ou não levar a sério a ansiedade de alguém em relação a um problema.
  • Fazer suposições rápidas sobre as experiências ou sentimentos de outra pessoa sem tentar entender sua perspectiva, ou contexto. Por exemplo, criticar alguém por não estar “feliz o suficiente” sem considerar os desafios que essa pessoa enfrenta.
  • Mostrar desinteresse ou desatenção durante uma conversa sobre os sentimentos, ou experiências de outra pessoa. Isso inclui distração, falta de contato visual ou resposta monossilábica, indicando que a pessoa não está realmente interessada em ouvir.
  • Desqualificar ou negar os sentimentos de outra pessoa, como dizer a alguém que está “exagerando” ou “sendo sensível demais” quando expressa preocupação ou tristeza.
  • Agir de forma egoísta em um relacionamento sem considerar o impacto emocional que isso pode ter no outro.
  • Não oferecer apoio verbal ou não verbal quando alguém está passando por um momento difícil, como não oferecer palavras de encorajamento, gestos de carinho ou expressões de preocupação.

Para desenvolver a empatia, é essencial cultivar a capacidade de se colocar no lugar do outro, compreender suas emoções e necessidades. Veja, a seguir, como colocar isso, na prática:

1) Pratique a escuta ativa: ouça atentamente o que os outros têm a dizer, mostrando interesse genuíno em entender suas experiências e perspectivas. Por exemplo, quando um colega compartilha uma preocupação, preste atenção às suas palavras e faça perguntas para esclarecer seus sentimentos.

2) Cultive a compreensão emocional: reconheça e valide as emoções dos outros, mesmo que você não concorde com elas. Por exemplo, se um colega expressar tristeza por uma situação difícil, reconheça sua dor e ofereça apoio emocional.

3) Pratique a empatia cognitiva: tente entender o ponto de vista do outro, colocando-se em seus sapatos e imaginando como seria estar em sua situação. Por exemplo, ao lidar com um cliente insatisfeito, pense nas razões por trás de sua frustração e como você se sentiria se estivesse no lugar dele.

4) Seja sensível às necessidades dos outros: esteja atento aos sinais não verbais e verbais que indicam as necessidades emocionais dos outros, e ofereça suporte de maneira respeitosa e empática. Por exemplo, se um colega parecer estressado, ofereça ajuda ou encorajamento, sem julgamento.

5) Demonstre empatia através da linguagem corporal: utilize gestos e expressões faciais que mostrem sua preocupação e compaixão pelos outros. Por exemplo, faça contato visual, sorria e adote uma postura aberta e receptiva durante as conversas.

6) Pratique a empatia em situações do dia a dia: procure oportunidades diárias para exercitar a empatia. Por exemplo, ao ouvir as preocupações de um amigo ou familiar, ofereça apoio emocional e sugira soluções práticas, se apropriado.

7) Evite julgamentos precipitados: suspenda suas próprias opiniões e julgamentos sobre os outros e tente compreender suas ações e escolhas a partir de sua própria perspectiva. Por exemplo, ao lidar com um colega que parece agir de forma rude, considere que ele pode estar passando por um momento difícil em sua vida pessoal.

8) Pratique a empatia mesmo em situações desafiadoras: mantenha-se compassivo e solidário em situações estressantes ou conflituosas. Por exemplo, ao lidar com um colega irritado, tente compreender suas preocupações.

9) Aprenda com as experiências de empatia: reflita sobre suas interações empáticas e identifique o que funcionou bem e o que pode ser melhorado. Use essas experiências como oportunidades de aprendizado e crescimento pessoal.

Desenvolver a empatia pode trazer uma série de benefícios para as relações pessoais e profissionais, incluindo um maior senso de conexão e pertencimento, relacionamentos mais saudáveis e gratificantes, comunicação mais eficaz, resolução de conflitos mais construtiva e uma maior satisfação no trabalho e na vida pessoal.

Pronto para transformar sua vida e o ambiente ao seu redor através da empatia? Comece hoje mesmo a praticar essas dicas e faça a diferença nos relacionamentos pessoais e profissionais. Juntos, podemos construir um mundo mais compassivo e solidário.

 

Jalme Pereira é músico, palestrante, desenhista e trabalha na Universidade Veiga de Almeida (UVA)
Jalme Pereira é músico, palestrante, desenhista e trabalha na Universidade Veiga de Almeida (UVA)

 

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